Pacto pela Restauração da Mata Atlântica lança guia para auxiliar organizações a monitorar projetos de restauração florestal

Data: 11/08/2011
Recuperar uma área florestal degradada não se trata apenas de plantar árvores. A intervenção em um bioma é uma atividade complexa, que demanda grande volume de recurso, tanto financeiro quanto humano. A avaliação do trabalho também é igualmente complexo, afinal, como mensurar o resultado das ações investidas e a eficiência das estratégias aplicadas em campo? Quais os parâmetros?

Com o objetivo de tornar as iniciativas de restauração no bioma Mata Atlântica mais eficientes e produtivas, o Pacto pela Restauração da Mata Atlântica lança esta semana o Protocolo de Monitoramento de Projetos e Programas de Restauração Florestal. O documento apresenta princípios, critérios e indicadores que podem ser utilizados como guia para o monitoramento de projetos de restauração ecológica desenvolvidas no bioma Mata Atlântica.

Fruto do trabalho coletivo da The Nature Conservancy, Laboratório de Ecologia e Restauração Florestal (LERF/USP), Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ/USP) e Laboratório de Silvicultura Tropital (LASTROP), o objetivo da publicação é auxiliar organizações públicas, privadas e não-governamentais que trabalham com a recuperação florestal, a planejar, gerenciar e a conduzir as ações de restauração executadas em campo.

De acordo com o coordenador do Grupo de Trabalho (GT) Técnico-Científico do Pacto, responsável pela organização do material, Ricardo Rodrigues Ribeiro, a elaboração do documento levou em consideração não só os aspectos teóricos, que tratam da restauração da biodiversidade e dos processos ecológicos nos ecossistemas restaurados, mas também dos aspectos econômicos, sociais e de gestão dos projetos. “Esses princípios estão diretamente relacionados entre si e as ações de um desses princípios tem reflexo direto ou indireto nos demais e, consequentemente, no sucesso da iniciativa de restauração ecológica”, declara.

Ribeiro explica também que, embora o objetivo primário da restauração seja ecológico, garantido a restauração da biodiversidade e dos processos ecológicos de forma perpetuada no tempo, o mesmo não se sustenta na prática, sem uma abordagem adequada dos aspectos sociais, econômicos e de gestão. “Esses critérios possibilitam transformar métodos e conceitos da ecologia da restauração em projetos efetivos de restauração ecológica, integrados com o ambiente onde foram inseridos, em todos os sentidos e, portanto, bem sucedidos”, complementa.

Todos os aspectos que compõem o Protocolo foram discutidos e aprovados em plenária durante a “Oficina de Monitoramento de Projetos de Restauração Florestal”, promovida no início deste ano pelo Pacto pela Restauração da Mata Atlântica, em Campinas. O encontro contou com a participação de cerca de 80 profissionais e organizações de vários estados do Brasil, entre governos, empresas, universidades e ONGs, todas signatárias do Pacto e que trabalham pela restauração da Mata Atlântica.

Para consultar o Protocolo de Monitoramento de Projetos de Restauração Florestal, acesse a seção “Documentos Referenciais”, no site www.pactomataatlantica.org.br

(*) com informações da Assessora de Comunicação Pacto pela Restauração da Mata Atlântica – www.pactomataatlantica.org.br

(Mercado Ético)




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