Cidade do México comemora resultados do Plano Verde
Os nove milhões de habitantes da Cidade do México estão conseguindo escapar dos dramas de viver em uma grande metrópole como a dura rotina de congestionamentos e a poluição graças à mobilização da sociedade e do governo para promover medidas visando melhorar a qualidade de vida de todos.
Tudo começou em 2008, quando foi lançado o Plano Verde, que propõe uma série de estratégias para estimular o desenvolvimento sustentável e reduzir os riscos associados com as mudanças climáticas.
Agora, apenas alguns anos depois, as medidas já surtiram efeito e a Cidade do México comemora uma redução de 5,7 milhões de toneladas métricas de dióxido de carbono equivalente (MtCO2e) nas emissões acumuladas. Esse volume significa 82% da meta de 7 MtCO2e firmada para 2012.
Nos últimos quatro anos, nós fizemos grandes progressos em transformar a Cidade do México em uma das mais sustentáveis metrópoles do mundo. Conseguimos isso não apenas com ações do governo, mas também ao estimular a participação da iniciativa privada e da sociedade, afirmou Marcelo Ebrard, prefeito da Cidade do México.
O Plano Verde possui como pilares: habitação e espaço público, conservação da terra, suprimento de água, transportes e mobilidade, resíduos e reciclagem, poluição do ar, energia e o programa de ação climática.
Para o setor dos transportes, responsável por 44% das emissões da Cidade do México, foi realizada uma expansão de 350% no sistema de ônibus metropolitanos, a modernização de 84 mil taxis e micro-ônibus, o desenvolvimento de uma rede de empréstimos de bicicletas (Ecobibi) e o investimento de mais de US$ 2 bilhões na expansão do metrô.
A cidade também investiu na multiplicação dos parques e hoje áreas verdes correspondem a 42% do total do município. Além disso, a prefeitura vai instalar milhares de jardins nos telhados de prédios e residências, utilizando o exemplo bem sucedido de Chicago. A meta é alcançar nove metros de área verde por residente, 3,6 a mais do que a situação atual.
No campo da eficiência energética, a instalação de aquecimento solar é obrigatória para todos os prédios públicos. Assim como a troca de todas as lâmpadas incandescentes por modelos mais eficientes.
Para lidar com o suprimento de água, um grave problema enfrentado pela cidade, que costuma ser duramente afetada por secas, o governo está substituindo todas as tubulações consideradas obsoletas e também investindo na modernização das estações de captação, distribuição e tratamento de água. A conscientização da população para o uso consciente é outro ponto que vem sendo trabalhado.
A capital mexicana possui o objetivo de reciclar pelo menos 79% dos resíduos sólidos. Por isso, novos centros de processamento estão sendo construídos e uma campanha de educação está em andamento nas escolas e na mídia. Outra meta é fazer com que 85% do lixo orgânico seja utilizado para a produção de eletricidade através da queima de biomassa. O governo aprovou ainda o banimento do uso de sacolas plásticas.
Em dezembro está agendado o fechamento do Bordo Poniente, um dos maiores lixões do planeta, responsável por 16% das emissões de gases do efeito estufa da área metropolitana.
O prefeito da Cidade do México é o atual presidente do Conselho Mundial de Prefeitos para o Clima, entidade que firmou um acordo em novembro de 2010 para que as cidades divulguem suas emissões e trabalhem para reduzi-las. Mais de 200 cidades assinaram o documento.
As metrópoles possuem uma grande capacidade para lidar com as mudanças climáticas, mesmo sem um tratado global limitando as emissões. Os prefeitos e as cidades devem agir, afirmou Martha Delgado, secretária de Meio Ambiente da Cidade do México.
Mais de metade da população mundial vive em áreas urbanas e é preciso que exemplos como os vistos na capital mexicana sejam seguidos por outras metrópoles, inclusive no Brasil.
(Instituto Carbono Brasil)
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Tudo começou em 2008, quando foi lançado o Plano Verde, que propõe uma série de estratégias para estimular o desenvolvimento sustentável e reduzir os riscos associados com as mudanças climáticas.
Agora, apenas alguns anos depois, as medidas já surtiram efeito e a Cidade do México comemora uma redução de 5,7 milhões de toneladas métricas de dióxido de carbono equivalente (MtCO2e) nas emissões acumuladas. Esse volume significa 82% da meta de 7 MtCO2e firmada para 2012.
Nos últimos quatro anos, nós fizemos grandes progressos em transformar a Cidade do México em uma das mais sustentáveis metrópoles do mundo. Conseguimos isso não apenas com ações do governo, mas também ao estimular a participação da iniciativa privada e da sociedade, afirmou Marcelo Ebrard, prefeito da Cidade do México.
O Plano Verde possui como pilares: habitação e espaço público, conservação da terra, suprimento de água, transportes e mobilidade, resíduos e reciclagem, poluição do ar, energia e o programa de ação climática.
Para o setor dos transportes, responsável por 44% das emissões da Cidade do México, foi realizada uma expansão de 350% no sistema de ônibus metropolitanos, a modernização de 84 mil taxis e micro-ônibus, o desenvolvimento de uma rede de empréstimos de bicicletas (Ecobibi) e o investimento de mais de US$ 2 bilhões na expansão do metrô.
A cidade também investiu na multiplicação dos parques e hoje áreas verdes correspondem a 42% do total do município. Além disso, a prefeitura vai instalar milhares de jardins nos telhados de prédios e residências, utilizando o exemplo bem sucedido de Chicago. A meta é alcançar nove metros de área verde por residente, 3,6 a mais do que a situação atual.
No campo da eficiência energética, a instalação de aquecimento solar é obrigatória para todos os prédios públicos. Assim como a troca de todas as lâmpadas incandescentes por modelos mais eficientes.
Para lidar com o suprimento de água, um grave problema enfrentado pela cidade, que costuma ser duramente afetada por secas, o governo está substituindo todas as tubulações consideradas obsoletas e também investindo na modernização das estações de captação, distribuição e tratamento de água. A conscientização da população para o uso consciente é outro ponto que vem sendo trabalhado.
A capital mexicana possui o objetivo de reciclar pelo menos 79% dos resíduos sólidos. Por isso, novos centros de processamento estão sendo construídos e uma campanha de educação está em andamento nas escolas e na mídia. Outra meta é fazer com que 85% do lixo orgânico seja utilizado para a produção de eletricidade através da queima de biomassa. O governo aprovou ainda o banimento do uso de sacolas plásticas.
Em dezembro está agendado o fechamento do Bordo Poniente, um dos maiores lixões do planeta, responsável por 16% das emissões de gases do efeito estufa da área metropolitana.
O prefeito da Cidade do México é o atual presidente do Conselho Mundial de Prefeitos para o Clima, entidade que firmou um acordo em novembro de 2010 para que as cidades divulguem suas emissões e trabalhem para reduzi-las. Mais de 200 cidades assinaram o documento.
As metrópoles possuem uma grande capacidade para lidar com as mudanças climáticas, mesmo sem um tratado global limitando as emissões. Os prefeitos e as cidades devem agir, afirmou Martha Delgado, secretária de Meio Ambiente da Cidade do México.
Mais de metade da população mundial vive em áreas urbanas e é preciso que exemplos como os vistos na capital mexicana sejam seguidos por outras metrópoles, inclusive no Brasil.
(Instituto Carbono Brasil)
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