Lançado o programa Ciência sem Fronteiras

Data: 28/07/2011
Durante exposição sobre o cenário econômico mundial apresentada na 38ª Reunião Ordinária do Pleno do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), no Salão Nobre do Palácio do Planalto, nesta terça-feira (26), o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, apresentou oficialmente o novo programa do Governo Federal - Ciência sem Fronteiras. "Digo que o principal objetivo do programa é aumentar a quantidade de estudantes e pesquisadores nas melhores universidades do mundo, em especial das áreas de engenharias, ciências básicas e tecnológicas", explicou o ministro. A cerimônia contou com a participação da presidente da República, Dilma Rousseff.



Ciência sem Fronteiras - O programa vai custear 100 mil bolsas de intercâmbio nas principais universidades do exterior para estudantes, desde o nível médio ao pós-doutorado. A iniciativa tem como objetivos avançar na ciência, tecnologia, inovação e competitividade industrial por meio da expansão da mobilidade internacional; aumentar a presença de estudantes e pesquisadores brasileiros em instituições de excelência no exterior; promover maior internacionalização das universidades brasileiras; aumentar o conhecimento inovador do pessoal das indústrias brasileiras; e atrair jovens talentos e pesquisadores altamente qualificados para trabalhar no Brasil.



A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) vai conceder 40 mil bolsas até 2014 com investimentos na ordem de R$ 1.731.424.647. Já o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) concederá, no período, 35 mil bolsas, com investimento de R$ 1.429.441.973. As outras 25 mil bolsas serão concedidas por meio de articulação com o setor privado.



Áreas estratégicas - De acordo com dados apresentados pelo ministro, mesmo o País tendo triplicado o número de graduados, chegando a 1 milhão em 2010, as engenharias não acompanharam o crescimento. "A Coréia possui um engenheiro para cada quatro formados. O Brasil possui um engenheiro para cada 50", exemplificou.



As áreas estratégicas estabelecidas pelo programa são:

- Engenharias e demais áreas tecnológicas;

- Ciências Exatas e da Terra: Física, Química e Geociências;

- Biologia, Ciências Biomédicas e da Saúde;

- Computação e tecnologias da informação;

- Tecnologia Aeroespacial;

- Fármacos;

- Produção Agrícola Sustentável;

- Petróleo, Gás e Carvão Mineral;

- Energias Renováveis;

- Tecnologia Mineral;

- Tecnologia Nuclear;

- Biotecnologia;

- Nanotecnologia e novos materiais;

- Tecnologia de prevenção e migração de desastres naturais;

- Tecnologias de transição para a economia verde;

- Biodiversidade e Bioprospecção;

- Ciências do Mar;

- Indústria Criativa;

- Formação de Tecnólogos.



Mercadante reforçou a necessidade de investimento em áreas prioritárias e destacou o fato de a concessão de bolsas no exterior pelas instituições federais para estudantes das áreas de humanas ter crescido 66% no período de 2001 a 2009. Para as engenharias, o crescimento foi de apenas 1%. "A Capes e o CNPq vão continuar cobrindo todas as áreas do conhecimento, mas este programa é voltado para darmos um salto tecnológico."



A presidente da República, Dilma Rousseff, disse que o novo programa é destinado a resolver gargalos do crescimento do País nos últimos oito anos. "Não vamos formar 75 mil cientistas individuais, mas sim a base do pensamento educacional do País."

(Ascom da Capes)





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