Líderes devem unir inovação e sustentabilidade em seus modelos de gestão
Priorizar uma gestão sustentável e investir em inovação já faz parte da rotina de muitas empresas, mas agir assim já foi considerado loucura. A afirmação abriu a palestra da publicitária Christina Carvalho Pinto durante o 1º Debate de Sustentabilidade HSM, evento patrocinado pelo Grupo Boticário e paralelo ao Fórum HSM de Inovação e Crescimento 2011, realizado no Hotel Transamérica, em São Paulo.
Chistina é sócia e presidente do Grupo Full Jazz Comunicação e uma das responsáveis pela plataforma multimídia Mercado Ético, que busca difundir no mundo empresarial informações e experiências sobre temas estratégicos para a conquista da sustentabilidade. Em sua palestra, ressaltou que as mentes inovadoras já estão emergindo como liderança e eventos como esse proporcionam a troca de ideias desses líderes. Mas o que há de novo? Segundo Christina, a humanidade está mais comprometida em reverberar pelo planeta a união da sustentabilidade e da inovação.
A palestrante destaca os pontos negativos pelos quais passa o nosso planeta, fenômenos que não são novos, mas que vêm crescendo em um ritmo acelerado. O problema da fome, por exemplo, caminha junto com a devastação ambiental porque estão diretamente ligados, afirma. Christina cita outros problemas como o lixo, a violência, as drogas, o aquecimento global, a depressão e o estresse, todos também responsáveis pela degradação do mundo em que vivemos hoje em dia.
O momento pede mudança. O planeta nos conclama a escrever uma nova história e nós temos capacidade para isso, afirma. Christina chama atenção para os pontos positivos, que tendem a crescer e que merecem investimentos. As energias renováveis, por exemplo, estão se multiplicando e o Brasil pode ter muitos tipos de energia: geotérmica, eólica, solar. Atualmente temos 141 projetos de energia eólica que até 2013 produzirão mais energia que a usina de Belo Monte, compara.
Em todo o mundo, de acordo com a publicitária, estão sendo desenvolvidas várias iniciativas sustentáveis de sucesso. É o caso do Projeto Éden, na Inglaterra, que tem estufas com plantas de todo o planeta; o Banco de Sementes, na Noruega; o Projeto Adapta Sertão, da cidade de Pintadas Solar, na Bahia, que criou um sistema de irrigação, e muitos outros exemplos como cidades ecológicas, flutuantes, ecotransportes e o biomimetismo, que transforma a biologia em tecnologias limpas. Há muito sucesso em tecnologias que copiam a natureza.
E como podemos chegar a essas e mais propostas? A educação é o principal caminho e é o setor onde mais se precisa de inovação. A escola ao pé da árvore é um conceito muito significativo porque as preocupações com o planeta precisam estar presentes e integradas aos projetos educacionais, explica.
Christina acrescentou que em uma visão mais macroeconômica de melhorar o planeta é preciso começar a pensar riqueza como algo maior que moeda ou que indicadores do PIB. Para definir uma nação rica e, consequentemente, sustentável precisamos considerar só para citar alguns fatores como emprego, energia, segurança, educação.
Para inovar, simplicidade
Um bom exemplo de que inovação não precisa ser algo mirabolante, segundo a palestrante, é o caso das bicicletas da Dinamarca que foram doadas para a Namíbia e transformadas em ambulâncias, já que os doentes morriam por não conseguirem chegar a um local de ajuda por conta das distâncias. Esse é um tipo de inovação que salva vidas. Na verdade, grandes ideias são muito simples, afirma.
O caminho para usar a mente de forma inovadora é justamente treiná-la para melhorar isso. O primerio passo para migrar o modelo mental é ter a consciência que estamos habitando uma casa o planeta que não é só nossa e que é compartilhada com outros seres . Isso deve se refletir em todos os âmbitos da nossa vida, em casa e no trabalho, ressalta Christina.
A palestrante explica que para haver essa harmonia é preciso um equilíbrio entre o poder masculino e o feminino, Yin e Yang. Inovação é Yin e ação é Yang. Elas se complementam. Tudo ficou muito Yang e precisamos resgatar o poder feminino, nos permitir acolher e fertilizar as ideias.
Christina finaliza destacando as características de um líder inovador. Elas são baseadas no amor. Se você disser que ama o seu trabalho, a sua equipe e o seu colega, com certeza vão te olhar com estranheza, mas isso é a base de uma conexão consigo mesmo, com todos e com o planeta e isso é necessário para liderar, afirma.
As principais características que um líder inovador também deve ter:
autoconhecimento, entender o poder que tem;
flexibilidade, saber receber o que vem de fora e saber recuar quando for necessário;
paciência, saber experimentar e esperar os resultados;
audácia;
humildade;
visão sistêmica;
capacidade de inspirar;
discernimento, saberdoria para escolher entre o sim e não.
Após a palestra foram apresentados cases de sustentabilidade e inovação das empresas Amanco, Grupo Boticário e Braskem.
(HSM)
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Chistina é sócia e presidente do Grupo Full Jazz Comunicação e uma das responsáveis pela plataforma multimídia Mercado Ético, que busca difundir no mundo empresarial informações e experiências sobre temas estratégicos para a conquista da sustentabilidade. Em sua palestra, ressaltou que as mentes inovadoras já estão emergindo como liderança e eventos como esse proporcionam a troca de ideias desses líderes. Mas o que há de novo? Segundo Christina, a humanidade está mais comprometida em reverberar pelo planeta a união da sustentabilidade e da inovação.
A palestrante destaca os pontos negativos pelos quais passa o nosso planeta, fenômenos que não são novos, mas que vêm crescendo em um ritmo acelerado. O problema da fome, por exemplo, caminha junto com a devastação ambiental porque estão diretamente ligados, afirma. Christina cita outros problemas como o lixo, a violência, as drogas, o aquecimento global, a depressão e o estresse, todos também responsáveis pela degradação do mundo em que vivemos hoje em dia.
O momento pede mudança. O planeta nos conclama a escrever uma nova história e nós temos capacidade para isso, afirma. Christina chama atenção para os pontos positivos, que tendem a crescer e que merecem investimentos. As energias renováveis, por exemplo, estão se multiplicando e o Brasil pode ter muitos tipos de energia: geotérmica, eólica, solar. Atualmente temos 141 projetos de energia eólica que até 2013 produzirão mais energia que a usina de Belo Monte, compara.
Em todo o mundo, de acordo com a publicitária, estão sendo desenvolvidas várias iniciativas sustentáveis de sucesso. É o caso do Projeto Éden, na Inglaterra, que tem estufas com plantas de todo o planeta; o Banco de Sementes, na Noruega; o Projeto Adapta Sertão, da cidade de Pintadas Solar, na Bahia, que criou um sistema de irrigação, e muitos outros exemplos como cidades ecológicas, flutuantes, ecotransportes e o biomimetismo, que transforma a biologia em tecnologias limpas. Há muito sucesso em tecnologias que copiam a natureza.
E como podemos chegar a essas e mais propostas? A educação é o principal caminho e é o setor onde mais se precisa de inovação. A escola ao pé da árvore é um conceito muito significativo porque as preocupações com o planeta precisam estar presentes e integradas aos projetos educacionais, explica.
Christina acrescentou que em uma visão mais macroeconômica de melhorar o planeta é preciso começar a pensar riqueza como algo maior que moeda ou que indicadores do PIB. Para definir uma nação rica e, consequentemente, sustentável precisamos considerar só para citar alguns fatores como emprego, energia, segurança, educação.
Para inovar, simplicidade
Um bom exemplo de que inovação não precisa ser algo mirabolante, segundo a palestrante, é o caso das bicicletas da Dinamarca que foram doadas para a Namíbia e transformadas em ambulâncias, já que os doentes morriam por não conseguirem chegar a um local de ajuda por conta das distâncias. Esse é um tipo de inovação que salva vidas. Na verdade, grandes ideias são muito simples, afirma.
O caminho para usar a mente de forma inovadora é justamente treiná-la para melhorar isso. O primerio passo para migrar o modelo mental é ter a consciência que estamos habitando uma casa o planeta que não é só nossa e que é compartilhada com outros seres . Isso deve se refletir em todos os âmbitos da nossa vida, em casa e no trabalho, ressalta Christina.
A palestrante explica que para haver essa harmonia é preciso um equilíbrio entre o poder masculino e o feminino, Yin e Yang. Inovação é Yin e ação é Yang. Elas se complementam. Tudo ficou muito Yang e precisamos resgatar o poder feminino, nos permitir acolher e fertilizar as ideias.
Christina finaliza destacando as características de um líder inovador. Elas são baseadas no amor. Se você disser que ama o seu trabalho, a sua equipe e o seu colega, com certeza vão te olhar com estranheza, mas isso é a base de uma conexão consigo mesmo, com todos e com o planeta e isso é necessário para liderar, afirma.
As principais características que um líder inovador também deve ter:
autoconhecimento, entender o poder que tem;
flexibilidade, saber receber o que vem de fora e saber recuar quando for necessário;
paciência, saber experimentar e esperar os resultados;
audácia;
humildade;
visão sistêmica;
capacidade de inspirar;
discernimento, saberdoria para escolher entre o sim e não.
Após a palestra foram apresentados cases de sustentabilidade e inovação das empresas Amanco, Grupo Boticário e Braskem.
(HSM)
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