Caminhos para a Ciência
"Modelos matemáticos para previsão futura de fenômenos da natureza e outras: é possível calcular seu grau de incerteza?" Esse foi o tema da conferência de Jacob Palis, no primeiro dia da 63ª Reunião Anual da SBPC. Apresentado pelo professor Ronaldo Alves Garcia, da Universidade Federal de Goiás (UFG) a uma plateia de cerca de 50 estudantes e professores, o matemático abordou a teoria de sistemas dinâmicos e a questão com a qual vem trabalhando há 16 anos: é possível descrever a trajetória típica de uma transformação ou de um campo de vetores. Inspirado pelo matemático francês Henri Poincaré (1854 - 1912), Jacob Palis utiliza modelos já dados e propõe calcular a incerteza do comportamento futuro de um fenômeno da natureza, por exemplo.
Segundo ele, a novidade de sua proposta foi utilizar a probabilidade total de parâmetros e eventos. No primeiro caso, correspondem um número finito de atratores ao longo do tempo, caracterizando atrator como algo que atrai um conjunto aberto de trajetórias. Os atratores podem ser do tipo transitivos, caóticos, como o "efeito borboleta", entre outros.
"Se quisermos fazer previsões do comportamento futuro de trajetórias de um sistema dinâmico, devemos nos concentrar num de seus atratores, pois o diâmetro de um atrator mede o grau de incerteza do comportamento futuro das trajetórias que nele se acumulam", explicou Palis.
Segundo o matemático, este modelo pode se aplicado nos estudos do clima, em sistemas de previsão do tempo, avaliação do crescimento populacional, entre outros. Palis argumenta que um dos problemas atuais é saber 'como e onde' utilizar a quantidades de dados disponíveis, dado o crescimento da experimentação e do acesso às informações. Sua proposta é encontrar método racional para inserir estes dados num espaço de dimensão qualquer, e a partir daí examinar os atratores, os quais indicarão o resultado.
Em um debate com os ouvintes, Palis esclareceu que há pesquisas de sua autoria sobre as conjecturas auxiliares no Instituto Henri Poincaré, informou que seu trabalho tem total interface com a Estatística e que ele não começou pela incerteza, como Heisenberg, mas apontou para ela. O presidente da Academia Brasileira de Ciência terminou sua conferência dizendo que para a Ciência é importante ousar e pensar na previsão do futuro.
( Jornal da Ciência)
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Segundo ele, a novidade de sua proposta foi utilizar a probabilidade total de parâmetros e eventos. No primeiro caso, correspondem um número finito de atratores ao longo do tempo, caracterizando atrator como algo que atrai um conjunto aberto de trajetórias. Os atratores podem ser do tipo transitivos, caóticos, como o "efeito borboleta", entre outros.
"Se quisermos fazer previsões do comportamento futuro de trajetórias de um sistema dinâmico, devemos nos concentrar num de seus atratores, pois o diâmetro de um atrator mede o grau de incerteza do comportamento futuro das trajetórias que nele se acumulam", explicou Palis.
Segundo o matemático, este modelo pode se aplicado nos estudos do clima, em sistemas de previsão do tempo, avaliação do crescimento populacional, entre outros. Palis argumenta que um dos problemas atuais é saber 'como e onde' utilizar a quantidades de dados disponíveis, dado o crescimento da experimentação e do acesso às informações. Sua proposta é encontrar método racional para inserir estes dados num espaço de dimensão qualquer, e a partir daí examinar os atratores, os quais indicarão o resultado.
Em um debate com os ouvintes, Palis esclareceu que há pesquisas de sua autoria sobre as conjecturas auxiliares no Instituto Henri Poincaré, informou que seu trabalho tem total interface com a Estatística e que ele não começou pela incerteza, como Heisenberg, mas apontou para ela. O presidente da Academia Brasileira de Ciência terminou sua conferência dizendo que para a Ciência é importante ousar e pensar na previsão do futuro.
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