Segurança Hídrica é um dos temas de seminário da ABES-SP

Data: 13/05/2011
De 25 a 27 de maio de 2011, a ABES-SP – Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental promove o Seminário: Mudanças Climáticas e as Interfaces com o Saneamento. O evento tem como objetivo divulgar os principais conceitos, informações sobre políticas públicas, mecanismos de mercado e inventários de emissões de GEE (Gases de Efeito Estufa) para os profissionais do setor de saneamento básico; promover a integração da ABES-SP com outras instituições e grupos de trabalho interessados no tema; mobilizar a sociedade para participar do esforço mundial no combate às mudanças climáticas; apresentar experiências e estudos de casos sobre a temática; discutir questões relacionadas ao risco climático, seu gerenciamento e correlação com a saúde e a educação ambiental; apresentar mecanismos de financiamento de iniciativas e prevenção das mudanças climáticas e mitigação dos GEE; e promover a inauguração da Câmara Técnica de Meio Ambiente e Mudanças Climáticas.

Para Dante Ragazzi Pauli, presidente da ABES-SP, além da abordagem do tema, que toma cada vez mais espaço – tanto na mídia, quanto na sociedade – para a ABES, reunir especialistas para discutir a temática e formar conceitos é fundamental. “Para nós esse evento é de suma importância, pois coloca a ABES para discutir questões que vão além do saneamento básico. E a ABES, como associação que fomenta a discussão de temas cruciais para a saúde humana e, ao mesmo tempo, para o desenvolvimento socioambiental, precisa estar nestas discussões”, observa Pauli.

A palestrante Monica Ferreira do Amaral Porto, professora da Escola Politécnica da USP - Universidade de São Paulo, abordará no painel Riscos climáticos e Saúde Pública, do dia 26 de maio, a questão da segurança hídrica. Para ela, a discussão das alterações climáticas passa primeiro por um processo de adaptação. "A alteração provocada pelas mudanças climáticas não é repentina. Então, ela permite que você se prepare, por exemplo, quando falamos de inundação, você pode mudar o planejamento da cidade para reduzir o risco, o que significa que tudo faz parte de um planejamento urbano para induzir um comportamento de redução do consumo de água", explica a professora.

É evidente que há uma variação constante do clima, o que acontece, de acordo com Mônica, é uma incompatibilidade na velocidade com que essas mudanças ocorrem e o que os sistemas estão preparados para detectarem. "O clima varia constantemente como, por exemplo, na temporada de furacões que aconteceu recentemente nos EUA, deixando centenas de mortos em consequência de catástrofes naturais. Isso prova que nossos sistemas não estão preparados para prever as mudanças climáticas", observa. "Discutir essa temática é muito importante para nos prepararmos e nos adaptarmos, objetivando um controle maior da situação para assumir os riscos dessas mudanças no clima", salienta.

Sobre a questão de segurança hídrica, Monica ressalta a importância de conhecer bem o tema que é extremamente vulnerável. "Nas épocas de cheias, por exemplo, você pode ter uma porção de desastres provocados por inundações, nas épocas de seca, é preciso saber lidar com a redução do consumo de água, em ambos os casos é preciso conhecimento e uma boa administração para não acarretar mais problemas para a região", analisa a especialista.

Para Mônica, é fundamental - tendo em vista o momento que o mundo está passando - discutir os riscos. "Os sistemas têm riscos e nós temos pouca preparação para assumi-los. Em outros países, como nos Estados Unidos, que se não tivessem uma infraestrutura como a que eles possuem, o saldo de mortes por causa do furacão teria sido muito maior, uma vez que eles têm sistemas de alerta melhor organizados, mas a preparação para o risco, nenhum país domina à fundo", destaca a professora.

Mais informações ou inscrições para o Seminário: Mudanças Climáticas e as Interfaces com o Saneamento, entre em contato pelo email: gerencia@abes-sp.org.br ou pelo telefone: 3814-1872

ABES-SP/EcoAgência



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