CPqD investe no aumento da taxa de transmissão e na inteligência das redes ópticas

Data: 17/03/2011

Oferecer a um número cada vez maior de usuários elevadas taxas de transmissão de dados - o que inclui imagens, filmes, músicas, jogos e outras aplicações multimídia - e, mais ainda, dotar a rede de inteligência e flexibilidade para permitir que o próprio usuário configure sua demanda por banda e serviços. É nesse caminho que o CPqD vem conduzindo seus trabalhos de pesquisa e desenvolvimento na área de comunicações ópticas, que foram apresentados a um público selecionado durante o workshop "Redes Ópticas - Aplicações e Sistemas", realizado no dia 2 de março, em suas instalações em Campinas.



Um dos destaques desse trabalho é o Projeto 100 GETH (Gigabit ETHernet), que consiste no desenvolvimento - com apoio do Funttel (Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações) - da nova geração de sistemas de transmissão óptica, com taxa de 100 Gbits por segundo (Gbit/s). Segundo o pesquisador Júlio César de Oliveira, gerente de Sistemas Ópticos-Fotônica do CPqD, nos testes realizados em laboratório, os equipamentos de nova geração já permitem alcançar a velocidade de 3,2 Tbit/s por fibra óptica, graças à combinação da frequência de 100 Gbit/s com a tecnologia de multiplexação óptica WDM (por meio da qual é possível compartilhar a mesma fibra para a transmissão de sinais ópticos de diferentes comprimentos de onda).

"Estamos trabalhando para chegar, ainda neste ano, à velocidade de transmissão de 8 Tbit/s por fibra", revelou Oliveira. Ele disse ainda que, em abril, o CPqD deverá fazer o primeiro teste de campo do sistema de transmissão óptica a 100 Gbit/s e que novas evoluções - para até 160 Gbit/s - já estão previstas.



Na área de sistemas ópticos de acesso, o CPqD vem investindo na tecnologia WDM como opção indicada para atender à crescente demanda de tráfego nos usuários. Entre as vantagens dessa tecnologia, o pesquisador João Batista Rosolem destacou a flexibilidade na arquitetura e a maior capacidade, que permite oferecer até 1,25 Gbit/s por usuário.



Serviços de otimização e monitoração de desempenho e sistemas de gestão também são fundamentais para a eficiência das redes ópticas. Por isso, o CPqD investe também na oferta de serviços de valor agregado para as operadoras. Um deles é o Serviço de Circuitos Dinâmicos sobre Redes Híbridas (de várias tecnologias), que permite à operadora oferecer aos usuários serviços de banda fixa, ou variável, agendada sob demanda.



No caso de otimização de redes ópticas, o CPqD presta serviços de caracterização (medições), análise crítica e elaboração de planos de ação. "A planta de fibras ópticas no Brasil já tem alguns anos e, por isso, são grandes as chances de apresentar problemas de atenuação e de dispersão", afirmou Edna Aparecida Sabadini Sato, da gerência de Marketing de Produto e Inovação - Óptica do CPqD. "Nossa equipe já percorreu o país todo avaliando a planta de fibra óptica e, com base nessas análises, é possível dizer que quase 50% das rotas hoje precisam de melhorias em termos de amplificação óptica", acrescenta.

(Informações do site do CPqD)





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