UE acelera corrida por uma economia de baixo carbono
A comissária climática da União Européia, Connie Hedegaard, publicou nesta terça-feira (7/3) o aguardado relatório Roadmap 2050, que explica como seria possível reduzir as emissões de gases do efeito estufa em 80% até 2050, com relação aos níveis de 1990. A meta, considerada bastante ambiciosa por especialistas, foi defendida pela comissária como sendo tecnicamente possível e economicamente viável.
Porém, para alcançar esse objetivo a União Européia teria que investir 270 bilhões anuais, ou 1,5% do PIB, e adotar desde já a meta de 25% para 2020, ao invés dos 20% que está em vigor. Essa mudança ainda está incerta, com muitas autoridades afirmando que não é hora de colocar ainda mais amarras na indústria do continente, que só agora estão se recuperando da crise.
Nós precisamos começar agora a transição para uma economia de baixo carbono competitiva. Quanto mais esperarmos, mais caros serão os custos. O preço do petróleo está subindo e a Europa está pagando cada vez mais por sua energia e se tornando mais vulnerável às crises e choques de preços, afirmou Hedegaard.
O Roadmap 2050 recomenda que depois dos 25% para 2020, a meta suba para 40% até 2030 e 60% até 2040. Além disso, os cortes devem ser feitos dentro do bloco e não através da compra de créditos de carbono gerados por cortes nas emissões em países de fora da União Européia.
O relatório estima que a geração de energia pode estar totalmente livre das emissões já em 2050, enquanto os transportes poderão alcançar 65% de redução. Já as indústrias conseguiriam chegar a 87% graças a captura e armazenagem de carbono (CCS) e processos mais eficientes. O setor de serviços e as residências seriam capazes de atingir 91%.
A boa notícia é que não precisamos esperar por novas tecnologias. Uma economia de baixo carbono pode ser construída apenas com o aprofundamento das atuais técnicas disponíveis. Nosso Roadmap fornece linhas de ações que podem ser adotadas por governos e empresas para que possam desenvolver suas estratégias e investimentos, resumiu Hedegaard.
O maior lobby da Europa, o Business Europe, foi cauteloso quanto aos passos que implicam em uma ação rumo à um corte das emissões maior que 20%. Isso deveria ser analisado cautelosamente pelo impacto nos negócios. Nós mostramos abertamente que não gostamos de um novo corte, disse o presidente de assuntos climáticos do grupo Nick Campbell.
Eficiência Energética
Outro opositor a metas mais severas para emissões - por achar que elas afugentam as indústrias para a Ásia -, o comissário de Energia da União Européia, Günther Oettinger, também aproveitou esta terça-feira para divulgar o plano de eficiência energética do bloco.
Segundo o plano, as autoridades públicas serão obrigadas a reformar 3% dos seus prédios e instalações anualmente para que utilizem eletricidade de forma mais racional. O setor público também terá que levar em conta padrões de energia quando for comprar ou alugar novos escritórios ou quando necessitar mercadorias e serviços.
Por sua vez, a iniciativa privada terá que se submeter a auditorias sobre o uso de eletricidade, em troca receberão incentivos dos governos para melhorar suas instalações.
Já as companhias de energia terão que auxiliar os consumidores a utilizar melhor a eletricidade, seguindo o modelo britânico onde as empresas de gás e energia são obrigadas por lei a cortar o consumo de seus clientes a níveis pré-determinados.
A Comissão de Energia estima que essas medidas irão promover a economia de até 1,000 por residência por ano, assim como aumentar a competitividade da indústria européia e criar dois milhões de postos de trabalho.
Nossos dados mostram que precisamos intensificar nossas ações de eficiência, senão a Europa não vai alcançar a meta de 20% de economia energética até 2020. Além disso, políticas de longo prazo são necessárias para garantir o avanço para uma economia de baixo carbono até 2050 e para colocar a União Européia na vanguarda das inovações, concluiu Oettinger.
Instituto CarbonoBrasil
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Porém, para alcançar esse objetivo a União Européia teria que investir 270 bilhões anuais, ou 1,5% do PIB, e adotar desde já a meta de 25% para 2020, ao invés dos 20% que está em vigor. Essa mudança ainda está incerta, com muitas autoridades afirmando que não é hora de colocar ainda mais amarras na indústria do continente, que só agora estão se recuperando da crise.
Nós precisamos começar agora a transição para uma economia de baixo carbono competitiva. Quanto mais esperarmos, mais caros serão os custos. O preço do petróleo está subindo e a Europa está pagando cada vez mais por sua energia e se tornando mais vulnerável às crises e choques de preços, afirmou Hedegaard.
O Roadmap 2050 recomenda que depois dos 25% para 2020, a meta suba para 40% até 2030 e 60% até 2040. Além disso, os cortes devem ser feitos dentro do bloco e não através da compra de créditos de carbono gerados por cortes nas emissões em países de fora da União Européia.
O relatório estima que a geração de energia pode estar totalmente livre das emissões já em 2050, enquanto os transportes poderão alcançar 65% de redução. Já as indústrias conseguiriam chegar a 87% graças a captura e armazenagem de carbono (CCS) e processos mais eficientes. O setor de serviços e as residências seriam capazes de atingir 91%.
A boa notícia é que não precisamos esperar por novas tecnologias. Uma economia de baixo carbono pode ser construída apenas com o aprofundamento das atuais técnicas disponíveis. Nosso Roadmap fornece linhas de ações que podem ser adotadas por governos e empresas para que possam desenvolver suas estratégias e investimentos, resumiu Hedegaard.
O maior lobby da Europa, o Business Europe, foi cauteloso quanto aos passos que implicam em uma ação rumo à um corte das emissões maior que 20%. Isso deveria ser analisado cautelosamente pelo impacto nos negócios. Nós mostramos abertamente que não gostamos de um novo corte, disse o presidente de assuntos climáticos do grupo Nick Campbell.
Eficiência Energética
Outro opositor a metas mais severas para emissões - por achar que elas afugentam as indústrias para a Ásia -, o comissário de Energia da União Européia, Günther Oettinger, também aproveitou esta terça-feira para divulgar o plano de eficiência energética do bloco.
Segundo o plano, as autoridades públicas serão obrigadas a reformar 3% dos seus prédios e instalações anualmente para que utilizem eletricidade de forma mais racional. O setor público também terá que levar em conta padrões de energia quando for comprar ou alugar novos escritórios ou quando necessitar mercadorias e serviços.
Por sua vez, a iniciativa privada terá que se submeter a auditorias sobre o uso de eletricidade, em troca receberão incentivos dos governos para melhorar suas instalações.
Já as companhias de energia terão que auxiliar os consumidores a utilizar melhor a eletricidade, seguindo o modelo britânico onde as empresas de gás e energia são obrigadas por lei a cortar o consumo de seus clientes a níveis pré-determinados.
A Comissão de Energia estima que essas medidas irão promover a economia de até 1,000 por residência por ano, assim como aumentar a competitividade da indústria européia e criar dois milhões de postos de trabalho.
Nossos dados mostram que precisamos intensificar nossas ações de eficiência, senão a Europa não vai alcançar a meta de 20% de economia energética até 2020. Além disso, políticas de longo prazo são necessárias para garantir o avanço para uma economia de baixo carbono até 2050 e para colocar a União Européia na vanguarda das inovações, concluiu Oettinger.
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