Ambiente: Água da chuva para minimiar a seca na Austrália

Data: 17/11/2008

Ambiente: Água da chuva para minimiar a seca na Austrália


O diretor Chris Devitt explicou que, como o projeto Coleta de Água de Chuva do Riacho Pantanoso Blackmans oferece uma “solução bastante rápida” para a crise hídrica de Orange, o conselho quer convertê-lo em permanente para atacar as conseqüências da seca. As duas reservas de Orange estão coberta em 40,5% de sua capacidade, e no começo de setembro estiveram em 27%, após a estação das chuvas.

No último dia 5, um comunicado sobre a seca emitido pelo Centro Nacional do Clima (NCC) do Escritório de Meteorologia insinuou que as condições de seca se tornarão uma regra, mais do que exceção, na medida em que se concretizarem os efeitos da mudança climática. “A combinação de calor recorde e as secas generalizadas dos últimos cinco a 10 anos sobre grandes áreas da Austrália meridional e oriental não tem precedentes históricos e é, pelo menos em parte, um resultado da mudança climática”, disse o NCC. O plano de Orange envolve captação de água do riacho Blackmans, a nordeste do povoado, retirando-a e tratando-a antes de sua chegada à principal represa de água potável local.

Mas, apesar de os cerca de 40 mil moradores de Orange logo poderem contar com água disponível com a primeira coleta planejada para março de 2009, há preocupações em relação à qualidade. O povoado está submetido hoje às restrições hídricas de nível 5, que limitam severamente o uso da água nas casas, com multas de até dois mil dólares australianos (US$ 1.351) para quem não as cumprir. Os moradores expressaram seus pontos de vista sobre o projeto em um site (vinculado à página na Internet do próprio conselho) criado para tais efeitos.

Entre as preocupações apresentadas figura o fato de a água que flui por ruas, caminhos e parques não ser adequada para beber, embora uma maioria de 85,7% dos consultados em uma pesquisa divulgada no site digam estar felizes de beber água da chuva. Devitt afirmou que o conselho trabalha duro para convencer as pessoas de que a água será segura. Destacou que o conselho realizou um painel de dois dias com “várias autoridades do governo” e “agências ambientais”, entre elas os departamentos de saúde e de água e energia do governo do Estado de Nova Gales do Sul. “Como conseqüência, temos na prática processos bastante robustos para nos protegermos contra toda contaminação”, acrescentou Devitt.




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