Califórnia tenta aprovar lei de energia limpa

Data: 25/02/2011
O Senado do estado da Califórnia (EUA) aprovou nesta quinta uma medida obrigando empresas de utilidade pública a comprar 33% da eletricidade que utilizam de fontes renováveis até 2020. Os defensores da nova lei argumentam que ela vai ajudar a recuparar a economia ao criar novos empregos.


O Senador democrata Joe Simitian afirma que seu projeto de lei, que agora segue para a Assembleia Legislativa, ajudará o Estado a atingir tanto metas ambientais como econômicas.


"É uma medida que pode nos ajudar, em curto prazo, a tornar o ar mais limpo e a mitigar os efeitos das mudanças climáticas. E podemos, desde já, começar a criar os empegos de que o estado precisa desesperadamente", disse ele durante um debate.


O projeto de lei obteve 26 votos a favor e 11 contra. Os opositores dizem que ele pode aumentar os custos com energia - o que significa contas mais altas para os usuários residenciais e as empresas. O senador republicano Bob Huff afirma que o custo adicional que será incorporado às transações comerciais irá levar mais companhias a transferir os empregos gerados para fora do Estado.


"É mais um prego no caixão do setor industrial da Califórnia", disse ele a seus colegas.


A Califórnia já havia estipulado para as empresas públicas a meta de 20% da eletricidade oriunda de fontes renováveis até 2010, mas algumas não conseguiram atingi-la.


Uma medida similar à de Simitian havia sido vetada pelo então governador Arnold Schwarzenegger, que disse que ela sucumbiria à burocracia. Mas os legisladores fizeram ajustes e têm esperança de que a proposta receba o apoio do atual governador, Jerry Brown, um democrata.


A meta de 33% foi um elemento-chave da plataforma de campanha de Brown, mas ele ainda não tomou uma decisão final quanto ao PL, que ainda pode ser modificada antes de chegar às suas mãos.


"O governador apóia amplamente a exigência de que 33% da eletricidade do Estado sejam derivados de fontes renováveis, e irá examinar de perto qualquer projeto de lei que chegue a sua mesa", afirmou o porta-voz Evan Westrup.



Estado de S. Paulo


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