Para garantir competitividade Brasil precisa investir mais, defende MBE
Em seu discurso de posse a presidente Dilma Rousseff assumiu compromissos essenciais com o país, como o combate à corrupção, ajustes no modelo político, simplificação da obsoleta estrutura tributária e aumento da eficiência da administração pública. Contudo, como ficará a taxa de investimentos, que hoje não chega nem a 20% do PIB?
Para que o Brasil consiga crescer em média 6% pelos próximos 10 anos é preciso investir, no mínimo, 25% do PIB ao ano. Comparando com os nossos principais competidores, a Índia investe em torno de 35% e a China próximo a 45%. Isso faz muita diferença para a competitividade das economias, afirma Carlos Rodolfo Schneider, um dos coordenadores do Movimento Brasil Eficiente (MBE).
O MBE defende que é preciso destinar, por ano, pelo menos 5% do PIB à infraestrutura nacional, por meio de investimentos do setor público, alocando a totalidade do Fundo do Regime Geral da Previdência Social, a ser criado, conforme o art. 68 da Lei de Responsabilidade Fiscal, pelo recolhimento mensal das contribuições individualizadas.
O recente ciclo de crescimento brasileiro deve-se especialmente ao aumento do consumo, impulsionado principalmente pela expansão do crédito e transferências de renda. Porém, ter no consumo a mola propulsora, o crescimento econômico só se sustentará no curto prazo. Só uma taxa de investimento adequada garante um crescimento acelerado, no médio e longo prazo. Se não, faltará o que consumir, seja por limitação de produção ou de infraestrutura, explica Schneider.
Sobre
A idéia central do Movimento Brasil Eficiente é dar continuidade e sustentação ao crescimento acelerado da economia brasileira, mas para garantir os patamares de 6% do PIB é necessária uma lição de casa. Reduzir a carga tributária, ter eficiência nos gastos públicos e transparência total na cobrança de tributos. Para tanto, o Movimento conta com a união de dois estudos feitos exclusivamente para esse fim e que originou o livro Panorama Fiscal Brasileiro: Proposta de Ação, onde o Economista Paulo Rabello de Castro aborda a necessidade da reforma da estrutura tributária e o economista Raul Velloso faz um diagnóstico dos gastos públicos apontando a necessidade de uma reorientação do gasto corrente para crescer mais.
O MBE tem apoio de mais de 70 das principais entidades de classe do país, como FIESP, CNI, IEDI, OAB-Conselho Federal, Conselho Federal de Medicina, Federações da indústria estaduais (RJ, PR, SC), Federações do Comércio (SP, SC e PR), além do Estado de Santa Catarina. Os princípios do Movimento estão sendo popularizados por meio da distribuição de uma cartilha concebida pelo Movimento com traços do Ziraldo e da divulgação das ideias em veículos como rádios e TVs.
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