Paraná: Calor eleva em até 20% o consumo de água

Apesar da alta no consumo, a Sanepar garante que neste verão, e provavelmente até a chegada da próxima estação mais seca, não há qualquer risco de falta de água na Grande Curitiba, diferente dos últimos anos, quando a região viveu anos muito secos. “A capacidade de produção de água tratada atualmente na Capital é de 8 metros cúbicos por segundo, ou 700 mil metros cúbicos por dia. Essa é a capacidade total instalada. Mas trabalhamos com folga”, garante o diretor de operações da Sanepar, Wilson Barion.

A capacidade de produção atual da Sanepar é suficiente para garantir água tratada para a Grande Curitiba até 2015. O sistema ganhou o reforço da Estação do Miringuava, inaugurada no mês passado, o que dá segurança ao sistema.

“Mas não se pode brincar com um bem finito, dotado de valor econômico e a cada dia mais excasso e degradado. Cada cidadão tem que ter consciência no uso da água, sem desperdícios”, continua Barion. E, com a chegada dos dias mais quentes, como nesta primavera, a Sanepar apela para a população evitar os tradicionais desperdícios, como regas desnecessárias, lavar calçadas e carros com mangueiras, além dos banhos longos e vazamentos na casa.

O Brasil pode se considerar um país privilegiado, pois conta com 13,7% de toda a água doce do planeta, e ainda um dos maiores aqüíferos subterrâneos da Terra, que se estende do Centro-Oeste ao Sul do País, e guarda algo em torno de 50 bilhões de metros cúbicos de água.

Perdas — Mas além do consumo normal das pessoas, a Sanepar também tem que se preocupar com as perdas de água da produção até as torneiras das residências. A empresa de saneamento computa entre 180 a 200 litros de água que se perde por dia por ligação. Uma perda física que tem vários fatores, como problemas nas canalizações provocadas por obras nas ruas, fadiga do material — rachamentos e vazaduras das tubulações — entre outros.

Porém, estudos da Sanepar mostram que nos últimos anos essa perda foi controlada, e até vem diminuindo. “Em 2008 verificamos um crescimento de 3% nos pontos de ligação, mas a Sanepar vai produzir a mesma quantidade de água tratada que em 2004. Isso significa que reduzimos, drasticamente, as perdas pelo caminho”, conta Barion. Segundo o diretor da Sanepar, isso acontece simplesmente com uma mudança de gestão na empresa, que priorizou a modernização e o controle.



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