UFPE inaugura centro de pesquisa em energias renováveis

Data: 22/12/2010


Espaço fará parceria com o Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste (Cetene)


Após 20 anos de trabalhos nas áreas de energia eólica e solar, a comunidade acadêmica da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) comemorou, na manhã desta segunda-feira (20/12), a inauguração do Centro de Energias Renováveis (CER).



A unidade fica no campus da instituição, na Cidade Universitária, Zona Oeste, e tem o intuito de consolidar e ampliar os estudos no setor. Durante a cerimônia de apresentação do lugar, foi assinado um termo de cooperação com o Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste (Cetene), tornando o CER uma de suas entidades associadas.



O novo centro, vinculado à Pró-Reitoria para Assuntos de Pesquisa e Pós-Graduação (Propesq), será formado por pesquisadores do Grupo de Fontes Alternativas de Energia (FAE) do Departamento de Energia Nuclear da UFPE e do Centro Brasileiro de Energia Eólica. A ideia é fazer com que, além deles, outros acadêmicos brasileiros e estrangeiros visitem e participem das atividades desenvolvidas.



No prédio, serão realizados estudos, palestras e treinamento de pessoal. "A expectativa é que, nos próximos cinco ou dez anos, nós estejamos preparados, com estrutura e equipe, para implementar e manter essas novas fontes de energia", comentou o professor do Grupo FAE, Chigueru Tiba. "É importante salientar que o desenvolvimento e ampliação dessas tecnologias visam também a mitigar os efeitos do aquecimento global", lembrou ele.



Para o ministro de Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, que esteve na cerimônia, a inauguração do CER representa a evolução do sistema universitário e também "a importância do trabalho interdisciplinar, que não é algo simples."



Já o reitor da UFPE, Amaro Lins, destacou a importância da profissionalização na área de energia renovável com vistas ao mercado produtivo.



Construído ao longo de 2 anos, o prédio-sede do CER custou cerca de R$ 2 milhões, provenientes do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT). A edificação conta com 20 salas de estudos, seis laboratórios, além de auditório e área para as atividades administrativas.



O traçado arquitetônico do edifício, que tem formas semelhantes a uma nave, foi elaborado em 2002. O lado direito da construção é todo dedicado a grupos de estudo da energia eólica. Já o esquerdo, é voltado aos pesquisadores de energia solar.



"O CER foi idealizado como se fosse uma nave suspensa por ventos circulares. A estrutura pode ainda se assemelhar a uma grande árvore, que gera sombra, reduz o calor do ambiente e proporciona a ventilação cruzada dos ventos", explicou o arquiteto e autor do projeto, Roberto Montezuma.

(Jornal do Commercio/PE




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