Cientistas esperam que Obama dê fim à 'obscurantista' era Bush

Data: 11/11/2008

Cientistas esperam que Obama dê fim à 'obscurantista' era Bush


Enquanto candidato, Barack Obama sempre se distanciou claramente de George W. Bush no que diz respeito às grandes questões científicas, assim como a seu programa de apoio às pesquisas. Nesse contexto, previu suspender a proibição, imposta em 2001 por Bush, por meros motivos religiosos, de utilizar fundos federais para realizar pesquisas com células-tronco embrionárias, consideradas cruciais para lutar contra várias doenças incuráveis.

Obama reconhece que a atividade humana contribui para o aquecimento global e recomenda reduções obrigatórias das emissões de gases de efeito estufa, algo a que Bush é declaradamente hostil. Ele também fez da redução da dependência de petróleo dos Estados Unidos uma de suas prioridades. Obama quer aumentar em US$ 150 bilhões em uma década o orçamento federal consagrado à pesquisa e desenvolvimento de novas fontes de energia assim como à poupança de energia.

Obama também prometeu revitalizar a exploração espacial, cujo orçamento é considerado insuficiente para conseguir os objetivos enunciados por Bush em 2004: regresso à Lua antes de 2020 e missões tripuladas a Marte e a outras partes do Sistema Solar. Um dos pontos da plataforma de Obama era dar lugar de maior destaque ao assessor científico do presidente que, desde 2001, foi relegado a um papel menor.

O democrata planeja incrementar fortemente o orçamento federal para estimular a pesquisa básica e formar mais cientistas e engenheiros. Este enfoque o converteu, enquanto candidato, no preferido do setor científico, meio que já estava perto dele por seu principal assessor científico, Harold Varmus, laureado com o Nobel de Medicina e ex-diretor dos Centros Nacionais da Saúde (NIH).

Obama também obteve o apoio de 61 prêmios Nobel americanos, entre os quais Martin Chalfie, co-laureado com o Nobel de Química 2008, que criticou a "diminuição dos orçamentos federais consagrados a pesquisa básica nos últimos oito anos". Mas a crise financeira poderá limitar as ambições de novo presidente, cujos projetos nessa área estão avaliados em US$ 85,6 bilhões.


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