PUC-RS investe em parque tecnológico

Data: 13/12/2010



Implantado em 2003, o parque científico e tecnológico da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS) vai dobrar de tamanho a partir de hoje. Isso ocorrerá por conta da inauguração de um novo prédio de 15 andares com 22 mil metros quadrados de área útil no campus da instituição, em Porto Alegre.



Essa segunda construção do Tecnopuc já abre com 60% do espaço disponível ocupado por 20 empresas das áreas de tecnologia da informação, construção civil, medicina, design e produção de conteúdo audiovisual.



De acordo com o diretor do Tecnopuc, Roberto Moschetta, o parque faz parte de uma estrutura de apoio à inovação e ao empreendedorismo da PUCRS, que inclui desde orientações iniciais para novos projetos até uma incubadora com assessoria em administração e comunicação. Ainda será feita a aproximação entre pesquisadores e empresas e o registro de patentes de novas descobertas. "É um centro de inovação e empreendedorismo", diz o diretor.



Segundo o pró-reitor de pesquisa e pós-graduação da PUCRS, Jorge Audy, a área já construída do parque tem 21 mil metros quadrados e abriga 66 empresas, entidades empresariais e unidades de pesquisa da universidade em áreas como energia solar, sequestro de carbono e biotecnologia. Já o novo prédio deverá estar plenamente ocupado até meados de 2011, diz Moschetta.



Para se instalar no Tecnopuc, as empresas devem realizar pesquisas com a participação de professores e estudantes da PUCRS. Segundo o diretor, cerca de 60% das três mil pessoas que trabalham no parque são alunos e ex-alunos que participaram desses projetos, sob orientação de mais de cem professores da universidade. Com a expansão, a estimativa é que o número de empregos no local se aproxime de sete mil.



Os pioneiros da primeira etapa do parque tecnológico foram os centros de desenvolvimento de softwares da Dell e da HP, que mais tarde passaram a ter a companhia de empresas como a Tlantic (fábrica de softwares do grupo português Sonae), Microsoft, Stefanini e DBServer. Alguns dos condôminos atuais, como a HP e a Radiopharmacus (que produz reagentes para medicina nuclear), também ocuparão áreas no prédio recém-construído, junto com novas operações como a Accenture.



A expansão exigiu investimentos de R$ 20,7 milhões, financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) com três anos de carência e pagamento em mais sete, iniciado em setembro de 2009. De acordo com o pró-reitor de administração e finanças, Paulo Franco, o projeto começou a ser desenvolvido ainda em 2005, devido à forte demanda de empresas interessadas em se instalar no parque, implantado em uma área contígua ao campus e adquirida do Exército em 2001.


Jornal da Ciência / Valor Econômico


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