Sabesp define metas para terceira fase de despoluição do Tietê

Data: 07/11/2008

Sabesp define metas para terceira fase de despoluição do Tietê


A Sabesp já possui um empréstimo-ponte com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) de R$ 250 milhões que deve garantir o término de obras complementares da fase 2 até o fim do primeiro semestre do ano que vem e o começo da terceira fase. O empréstimo maior, de US$ 600 milhões, deverá ser assinado com o BID apenas no fim de 2009, e, segundo a Sabesp, a crise financeira não afetou as negociações, porque o BID é um banco de fomento.

"O empréstimo-ponte serve para que não tenhamos descontinuidade no projeto", diz Marcelo Salles de Freitas, diretor de empreendimentos e meio ambiente da Sabesp. Entre o término da primeira e o começo da segunda fase houve um intervalo de quatro anos.

Segundo Freitas, além do cronograma de obras que está sendo finalizado para a terceira fase, a empresa discute com o BID a inclusão de parâmetros ambientais para serem atingidos ao longo do investimento. "Isso é uma das coisas que está sendo discutida com o BID, ter algum tipo de acompanhamento que se some à redução da mancha de poluição", diz.

Apesar de o projeto ter sido iniciado em 1992 com a ambiciosa promessa de despoluir o rio em dez anos, o aumento da cobertura da rede de esgoto não foi acompanhado por metas de limpeza do Tietê, como a mudança de classe do rio, da classe 4 - quando o rio é tão poluído que só serve para navegação - para classe 1, a mais limpa. Hoje, o rio está morto de Itaquaquecetuba a Salto, a despeito da mancha de poluição ter diminuído 120 km desde 1992. A meta da segunda fase era conseguir que a mancha recuasse mais 40 km, objetivo que será verificado ao fim das obras complementares.

O prazo formal do empréstimo com o BID para a segunda fase do Projeto Tietê, de US$ 400 milhões, terminou em junho deste ano, junto com as obras originalmente planejadas, entre elas ligações nas casas e coletores para levar o esgoto até as estações de tratamento. A fase 2 termina com o tratamento efetivo de 15,7 m³/s, dentro da meta de 16 m³/s - a capacidade de tratamento é maior, perto de 18 m³/s. Foram investidos, ao todo, entre cronograma inicial e obras complementares, R$ 1 bilhão. Segundo a Sabesp, até o segundo semestre de 2009 serão tocadas apenas um conjunto de obras complementares, com aporte de recurso próprio de US$ 70 milhões e com o financiamento-ponte do BID.




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