Ministra do Meio Ambiente defende adiamento da votação do Código Florestal
A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, disse nesta segunda-feira que o Código Florestal não deve ir à votação este ano, como desejam alguns deputados federais. Segundo ela, a discussão sobre a proposta precisa ser ampliada na sociedade. O tema requer mais debate. A proposta que está em discussão é insuficiente.
Para a ministra, o projeto não pode ser votado no final da legislatura. Até porque a sinalização que temos da sociedade é da insuficiência do debate. Segundo ela, a aprovação da proposta, da forma como ela foi concebida, pode provocar vetos. Somos a favor da modernização do Código Florestal, mas precisamos aperfeiçoar o debate, considerando as diferenças regionais.
De acordo com Izabella Teixeira, há uma elite política, tradicional e associada à agropecuária que não deseja ampliar o debate sobre o código. A ministra disse que também há extremismo entre os ambientalistas. Isso, acrescentou, prejudica o diálogo sobre o tema. Quando falo em elite são os segmentos que não querem debater por serem radicais, tanto do lado ambiental quanto do lado da agricultura.
Em nota enviada ao estadao.com.br, o presidente da Frente Parlamentar Agropecuária, deputado federal Moreira Mendes (PPS-RO), rebate as afirmações da ministra. Para ele, Izabella Teixeira e os ambientalistas se omitem do debate e não apresentam soluções, "só fazem barulho". "O que a ministra chama de elite política, tradicional e associada à agropecuária são brasileiros preocupados com o país, cientes de que o Código Florestal em vigor não permite o crescimento do setor agropecuário, defende o ruralista.
Perguntada sobre a sua expectativa em relação à 16ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que ocorrerá ainda este mês, em Cancún (México), a ministra disse que acredita que haverá avanços. Se conseguirmos aprovar a agenda que está na mesa, que é um pacote com a prorrogação da segunda fase do Protocolo de Kyoto, medidas em torno do hedge e de adaptação e mitigação, que seguem a agenda de Copenhague, avançaremos na agenda.
As negociações durante a conferência serão complexas, mas o Brasil vai a Cancun com disposição para negociar e ter resultados. O papel do Brasil será de um negociador e de um facilitador, afirmou a ministra.
O Estado de S. Paulo
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Para a ministra, o projeto não pode ser votado no final da legislatura. Até porque a sinalização que temos da sociedade é da insuficiência do debate. Segundo ela, a aprovação da proposta, da forma como ela foi concebida, pode provocar vetos. Somos a favor da modernização do Código Florestal, mas precisamos aperfeiçoar o debate, considerando as diferenças regionais.
De acordo com Izabella Teixeira, há uma elite política, tradicional e associada à agropecuária que não deseja ampliar o debate sobre o código. A ministra disse que também há extremismo entre os ambientalistas. Isso, acrescentou, prejudica o diálogo sobre o tema. Quando falo em elite são os segmentos que não querem debater por serem radicais, tanto do lado ambiental quanto do lado da agricultura.
Em nota enviada ao estadao.com.br, o presidente da Frente Parlamentar Agropecuária, deputado federal Moreira Mendes (PPS-RO), rebate as afirmações da ministra. Para ele, Izabella Teixeira e os ambientalistas se omitem do debate e não apresentam soluções, "só fazem barulho". "O que a ministra chama de elite política, tradicional e associada à agropecuária são brasileiros preocupados com o país, cientes de que o Código Florestal em vigor não permite o crescimento do setor agropecuário, defende o ruralista.
Perguntada sobre a sua expectativa em relação à 16ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que ocorrerá ainda este mês, em Cancún (México), a ministra disse que acredita que haverá avanços. Se conseguirmos aprovar a agenda que está na mesa, que é um pacote com a prorrogação da segunda fase do Protocolo de Kyoto, medidas em torno do hedge e de adaptação e mitigação, que seguem a agenda de Copenhague, avançaremos na agenda.
As negociações durante a conferência serão complexas, mas o Brasil vai a Cancun com disposição para negociar e ter resultados. O papel do Brasil será de um negociador e de um facilitador, afirmou a ministra.
O Estado de S. Paulo
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