Ajuda contra efeito estufa tem ênfase excessiva em corte de CO2, diz estudo

Data: 18/11/2010

Ajuda contra efeito estufa tem ênfase excessiva em corte de CO2, diz estudo


Uma parte excessiva dos US$ 30 bilhões prometidos como ajuda rápida para enfrentar os efeitos da mudança climática está dedicada a projetos de redução de emissões, e não a esforços para ajudar as populações vulneráveis a se adaptar ao clima extremo e à elevação do nível do mar, diz estudo.

Sob o acordo de Copenhague, países doadores concordaram que o dinheiro destinado, de 2010 a 2012, para impulsionar os esforços para reduzir a mudança climática teria se der "equilibrado entre adaptação e mitigação".

Mas apenas de 11% a 16% do dinheiro prometido até agora irá para esforços de adaptação, como a construção de muros para conter o oceano e a promoção de novas práticas agrícolas, informa o Instituto Internacional de ambiente e Desenvolvimento (IIED), de Londres.

Apenas US$ 3 bilhões dos US$ 30 bilhões prometidos para o período 2010 a 2012 foram alocados claramente para projetos de adaptação nos países mais pobres do mundo, e alguns dos compromissos tomaram a forma de empréstimos, não doações.

O relatório reconhece que a estimativa é "muito grosseira e talvez baixa", em parte por causa da falta de informações dos doadores.

"As garndes promessas para financiamento da adaptação feitas em Copenhague não estão sendo cumpridas", disse o pesquisador David Ciplet, um dos autores do relatório.

Projetos de mitigação têm conquistado mais verbas porque os esforços para reduzir emissões são geralmente maiores e mais bem estabelecidos, disse J. Timmons Roberts, diretor do Centro de Estudos Ambientais da Universidade Brown e outro autor do trabalho.

Em contraste, a maioria dos esforços de adaptação é de projetos pequenos, locais e novos.


O Estado de S. Paulo


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