Estudo comprova viabilidade do uso do lodo de esgoto na agricultura

Data: 11/11/2010

Estudo comprova viabilidade do uso do lodo de esgoto na agricultura


Estudos que estão sendo realizados pela Cesan e Incaper comprovam que o lodo proveniente de estações de tratamento de esgoto (ETE’s) pode se transformar em fertilizante de ótima qualidade. Uma Unidade de Gerenciamento de Lodo (UGL) está sendo construída na ETE Civit, na Serra, e deve entrar em operação em seis meses.


Essa unidade vai receber todo o lodo gerado nas estações de Tratamento de Esgoto da Região Metropolitana da Grande Vitória e depois de processado vai para a reciclagem agrícola como adubo. Na implantação da unidade piloto, a Cesan está investindo cerca de R$ 1,8 milhão. De acordo com o presidente da Cesan, Paulo Ruy Carnelli, além do ganho econômico para a agricultura do Estado, o problema ambiental decorrente do depósito desse material sólido nos aterros sanitários será resolvido.


Os testes que estão sendo realizados no campo, até agora, vem comprovando que o fertilizante produzido a partir do lodo pode ser aplicado com sucesso nas culturas do café conilon e arábica, banana, eucalipto, goiaba, seringueira, cana de açúcar, açaí, palmeira real e abacaxi. Atualmente as estações da Cesan na Grande Vitória geram em torno de 3.600 mil toneladas de lodo por ano.

O lodo é considerado um valioso adubo orgânico e proporciona diversos benefícios, como o fornecimento de nutrientes para as plantas, o aumento do teor de alguns micronutrientes essenciais, o aumento da capacidade de retenção de água e uma melhor estruturação do solo pela presença de matéria orgânica.

O projeto sobre o uso do lodo na agricultura começou em outubro de 2007 e é resultado de um convênio de cooperação técnico-financeira entre a Cesan e o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper). O custo total do projeto é de R$ 856 mil, sendo que Cesan investe R$ 676 mil e o Incaper R$ 180 mil, e a pesquisa é um compromisso com o Banco Mundial.

Os resultados mostraram que o manejo do biossólido requer, para o agricultor, equipamentos simples de proteção individual. O seu potencial de contaminação é menor do que o de outros adubos orgânicos. O projeto "Uso do lodo de esgoto na adubação de fruteiras" foi premiado durante o Inoves 2009, na categoria Inovação Tecnológica.


Assessoria Cesan


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