Água de Lastro Brasil: uma ONG contra a invasão de espécies exóticas na costa brasileira

Data: 06/11/2008

Água de Lastro Brasil: uma ONG contra a invasão de espécies exóticas na costa brasileira


Devido à sua extensa faixa litorânea e ao tráfego de embarcações mercantes internacionais, o Brasil é um dos países mais vulneráveis à bioinvasão. Diariamente, diversos navios atracam nos portos brasileiros, sem que haja controle efetivo das condições em que ocorrem as trocas da água de lastro nessas embarcações.

A água de lastro é a água captada do mar ou do rio e armazenada em tanques nos porões dos navios, com o objetivo de dar estabilidade às embarcações quando estão navegando sem cargas. Um navio que chega ao Brasil com água de lastro captada de outro país, por exemplo, pode trazer espécies aquáticas nocivas às espécies nativas brasileiras, além de organismos patogênicos e tóxicos. Estima-se que cerca de 40 milhões de toneladas de água de lastro sejam lançadas no Brasil todos os anos.

“Embora o Brasil tenha uma lei que obrigue os navios a fazerem a troca da água de lastro à 200 milhas da costa, muitas embarcações não seguem esse procedimento e acabam descarregando a água quando atracam no porto”, explica o presidente da ONG, Newton Narciso Pereira, que é pesquisador da Escola Politécnica da USP. Ele acrescenta que não existem leis que obrigem a fiscalização das embarcações operando nos portos nacionais. “Como a troca de água em alto-mar implica em maior gasto de combustível e risco de acidentes, muitos comandantes preferem driblar a lei.”




< voltar