BID põe em consulta sua estratégia de adaptação e mitigação da mudança climática

Data: 03/11/2010

O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), a maior fonte de financiamento multilateral para a América Latina e o Caribe, lançou uma ampla consulta pública sobre a versão preliminar de sua Estratégia Integrada para Adaptação e Mitigação da Mudança Climática e Energia Sustentável e Renovável.

A consulta pública será feita por meio de um fórum on-line de 90 dias e de reuniões com representantes da sociedade civil, incluindo organizações não-governamentais, em toda a região e em Washington, DC. A consulta é um passo essencial para a adoção de uma nova estratégia de mudança climática.

O documento preliminar da estratégia, que foi postado no website do BID na noite de 28 de outubro, identifica a mudança climática como uma das maiores prioridades do Banco. Em seu Nono Aumento Geral de Capital (GCI-9), o BID estabelece a mudança climática como uma prioridade chave para a agenda de desenvolvimento da América Latina e Caribe e para o programa de empréstimos do Banco. O GCI-9 introduziu uma meta de empréstimos para mudança climática, energia renovável e sustentabilidade ambiental de 25% das aprovações de empréstimos até 2015, em comparação com 5% no período de 2006 a 2009. Isso significa que o BID poderia emprestar até US$ 4 bilhões por ano para projetos relacionados a mudança climática.

Modelos mostram que a América Latina e o Caribe são altamente vulneráveis à mudança climática, com um aquecimento projetado de pelo menos um grau centígrado, e até seis graus centígrados no pior cenário. As consequências potenciais da mudança climática incluem elevação do nível dos mares e redução das colheitas, do suprimento de água e da produção de energia, entre outras. Entre 1970 e 2007, eventos climáticos extremos custaram à região um valor estimado de US$ 80 bilhões em danos a moradias, indústrias e infraestrutura. Estimativas da CEPAL preveem que, se os impactos da mudança climática não forem abordados nas próximas décadas, desastres relacionados ao clima poderiam custar à região até US$ 300 bilhões por ano.

Os efeitos econômicos da mudança climática podem ser devastadores para a América Latina e o Caribe. O desafio da região é o de sustentar o seu crescimento econômico e uma grande demanda por energia e outros recursos, limitando as emissões de CO2. Além disso, dadas as vulnerabilidades existentes, a adaptação é uma prioridade para a região. Este rascunho da estratégia busca centrar as ações do Banco nessas áreas críticas:

1. Aumentar o conhecimento e a capacidade técnica locais;
2. Fortalecer as instituições e a capacidade do setor público e privado;
3. Desenvolver princípios, notas técnicas e instrumentos para incluir a mudança climática nas operações financiadas pelo Banco;
4. Expandir o crédito e a assistência técnica em setores chave;
5. Ampliar os investimentos, focando as defasagens financeiras e alavancando investimentos do setor privado.

As consultas locais estão previstas para:

Quito, Equador, 5 de novembro;
Lima, Peru, 10 de novembro;
Cidade da Guatemala, Guatemala, 16 de novembro.
São Paulo, Brasil, dezembro, data a ser definida;
Santiago, Chile, dezembro, data a ser definida;
Caribe, janeiro de 2011, data a ser definida;
Washington, DC, janeiro de 2011, data a ser definida.

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