Especialistas discutem transferência de tecnologia

Data: 27/10/2010

Especialistas discutem transferência de tecnologia


Como transferir conhecimento para as empresas, disseminar a importância da inovação, estreitar os laços com a comunidade acadêmica e disseminar linhas de financiamento? Essas são algumas das questões debatidas por especialistas no Seminário sobre Transferência de Tecnologia para Inovação, que começou ontem (25) e segue até a tarde de hoje (27), no auditório da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), na cidade do Rio.

Uma das grandes preocupações, consenso entre os participantes do evento, é aproximar a pesquisa das necessidades do mercado, promovendo maior interação dos laboratórios e institutos com as empresas. "A demanda deve orientar as pesquisas aplicadas. O Brasil é vitrine para entrada de investimentos e de produtos. Por isso, é vital que tenhamos empresas competitivas. A inovação não se discute apenas em laboratório. Isto também se faz no mercado", advertiu o gerente da Unidade de Acesso à Inovação e Tecnologia do Sebrae, Edson Fermann.

Sobre o trabalho desenvolvido pela instituição para ajudar as micro e pequenas empresas, Fermann falou sobre a importância do Sebraetec, programa reformatado que prevê aporte de R$ 787 milhões para os próximos três anos, a serem investidos na inovação e no aumento da eficiência das MPE. Ele citou ainda o trabalho desenvolvido pelos Agentes Locais de Inovação (ALI), que trabalham diretamente com os empresários para identificar demandas de inovação. Já foram atendidas cerca de 4,7 mil empresas em 16 estados.

"Para disseminar inovação, podem ser adotadas diferentes iniciativas. O tema não comporta apenas uma metodologia, mas é preciso ter resultados. Um dos grandes gargalos é que os empresários não entendem a linguagem dos centros científicos", afirmou Fermann.

"A melhora no diálogo entre as empresas e as instituições é um ponto importantíssimo. Experiências internacionais confirmam a tendência", reforçou o diretor geral da Sociedade Brasileira Pró-Inovação Tecnológica (Protec), Roberto Nicolsky.

A gerente de Desenvolvimento e Inovação da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), Ana Carolina Machado Arroio, reforçou a percepção de que as empresas precisam se aproximar do meio acadêmico. Ela destacou iniciativas da Firjan para capacitar empresários para se candidatarem a editais como os da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).

A programação do seminário inclui discussões sobre arranjos institucionais adotados por outros países, experiências da indústria em transferência de tecnologia, incluindo o setor de petróleo e gás, e depoimentos de empresários.


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