Novos materiais ecológicos para recompor a Floresta Amazônica são tema de palestra na próxima semana na UFSCar

Data: 27/08/2010
A Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) recebe, na próxima quarta-feira (1/9), pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) para tratar de novos materiais compósitos ecológicos, obtidos a partir de plásticos com fibras e farinhas de madeira de espécies amazônicas que possam ser utilizadas para recompor a Floresta Amazônica. O assunto será abordado por Antônio Donato Nobre e Antenor Pereira Barbosa, pesquisadores do INPA, durante a Semana de Engenharia de Materiais da Universidade. A palestra é aberta a toda a comunidade e não é necessário efetuar inscrição.
Os pesquisadores também visitarão as instalações da UFSCar para tratar de assuntos relacionados ao Grupo de Compósitos do Projeto Fênix Amazônico. Coordenado pela professora Alessandra Lucas, do Departamento de Engenharia de Materiais (DEMa), o grupo tem parceria com o Centro de Caracterização e Desenvolvimento de Materiais da UFSCar, o CCDM, e é formado inclusive por pesquisadores do INPA.
A palestra com os pesquisadores do INPA será realizada em conjunto com a professora Alessandra Lucas e tratará do tema "Tecnologia de Compósitos e Nanocompósitos Celulósicos aplicada à Recuperação e Preservação da Floresta Amazônica: o Grupo de Compósitos do Projeto Fênix Amazônico". A intenção do evento é despertar os futuros Engenheiros de Materiais para o desenvolvimento de novos materiais ecologicamente corretos, que contribuam para o desenvolvimento sustentável da Floresta Amazônica.
No evento, os pesquisadores irão abordar as atividades do grupo, demonstrando a potencialidade do uso de farinhas de madeira de espécies colonizadoras, lenhosas e fibrosas comuns da região Amazônica. As espécies colonizadoras, tais como balsa, caroba e marupá são candidatas à utilização na recuperação de áreas degradadas da Floresta Amazônica por meio da Agrosilvicultura de Ciclo Curto, pois fornecem sombra e proteção para que as espécies nobres possam ser plantadas.
De acordo com Alessandra Lucas, a intenção da visita dos pesquisadores do INPA é promover uma integração do Grupo de Compósitos Poliméricos do Projeto Fênix Amazônico com os pesquisadores do DEMa da UFSCar, o INPA, a Embrapa Instrumentação Agropecuária e as universidades federais de Minas Gerais (UFMG) e da Bahia (UFBA). Essa integração, na forma de cooperação ou parcerias, colabora para o delineamento e planejamento da exploração sustentável da biodiversidade da floresta no que se refere a fibras vegetais naturais. "Como resultado, espera-se a obtenção de metodologias de utilização das fibras, dos compósitos e nanocompósitos obtidos e a alimentação de um banco de dados de fibras vegetais naturais de espécies da Floresta Amazônica, devidamente inventariadas e georeferenciadas pelo INPA", ressalta a professora, que destaca também que a médio e longo prazo será possível a indicação das espécies com maior potencial de uso em compósitos e nanocompósitos com termoplásticos, a continuidade da formação de uma "Biblioteca" de espécies vegetais amazônicas caracterizadas, bem como a transferência das tecnologias desenvolvidas à população local. 
A palestra na UFSCar, gratuita, acontece às 14 horas, no Anfiteatro Bento Prado Júnior, localizado na área Norte do campus São Carlos.


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