Lições do Brasil como bagagem para discutir a água no mundo

Data: 28/10/2008

Lições do Brasil como bagagem para discutir a água no mundo


Desde 1986, quando Hinchberger começou a trabalhar como correspondente no Brasil, ele viu mudanças quase que radicais na percepção dos brasileiros sobre o meio-ambiente, o que o faz encarar realisticamente o desafio que vai ter desde os escritórios do WWC na cidade portuária de Marselha, no sul da França.

"Não sou otimista, diria que sou realista," autodefiniu-se o jornalista, que contribuiu para veículos como o Financial Times de Londres, a revista estadounidense Businessweek e outras publicações como AD News e Institutional Investor.

Hinchberger explicou que o Brasil, por conter a maior reserva de água potável do mundo, é uma prioridade para a entidade multilateral que tem como membros pessoas jurídicas do país. A missão de Hinchberger não é apenas promover novas afiliações mas também botar na pauta dos jornalistas do mundo inteiro a discussão sobre o acesso à água. "Se no Sudeste do Brasil o problema é desperdício e acesso a saneamento básico, no Nordeste existe um problema de seca e de acesso básico à água", lembrou.

internacionais de discussão é de uma pessoa que chegou ao Brasil com uma consciência e viu a consciência dos seu conterrâneos adotivos aumentar, principalmente após a conferência Rio 92 e a criação de entidades como SOS Mata Atlântica, o surgimento da indústria do ecoturismo e o início de uma efetiva implantação do projeto, ainda incompleto, de despoluição do Rio Tietê em São Paulo.

"A mobilização em torno do Rio Tietê foi muito importante, e pelo menos conseguiram pressionar os políticos a agir", explicou. "A questão saiu de uma esfera tangencial para tornar-se uma questão central, mesmo porque tinha um grave problema de enchentes na cidade".





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