Tratamento de esgoto ainda é deficiente no Paraná
No sul do País, o principal problema relativo a abastecimento diz respeito à coleta e tratamento de esgotos. Ainda de acordo com a Pnad, 67,6% dos domicílios presentes na região contam com serviço de rede coletora de esgotamento sanitário e/ou pluvial (no Paraná, 67,4%).
Nos locais em que há inexistência de redes, o esgoto vai para as galerias de águas pluviais e acaba sendo despejado diretamente nos rios. Porém, os problemas também acontecem onde existem redes instaladas. Muitas vezes, devido a dificuldades econômicas ou mesmo por ignorância, as pessoas não ligam suas residências às mesmas.
"Não faz parte da nossa cultura como cidadãos querer saber para onde vai o esgoto de nossas casas. Muita gente reclama da poluição dos rios, mas não sabe para que serve a rede de esgoto. Para muitas pessoas, é cômodo continuar jogando o esgoto nos rios", comenta o professor do Departamento Hidráulico e de Saneamento da Universidade Federal de Paraná (UFPR), Miguel Mansur Aisse.
Em muitos locais, as pessoas ainda mantêm fossas sépticas, que resolvem o problema de saneamento em seus terrenos. Porém, mesmo essas devem passar por limpeza anual para que não transbordem e tenham sua eficiência comprometida.
"A melhor alternativa para evitar problemas é chamar um encanador de confiança e realizar a ligação à rede. Entretanto, também acredito que a Sanepar [que atende 344 dos 399 municípios do Paraná"> deveria realizar um número maior de campanhas de conscientização", avalia Aisse.
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