Brasil e China vão operar Centro de Mudanças Climáticas em conjunto

Data: 16/07/2010

Brasil e China vão operar Centro de Mudanças Climáticas em conjunto


O início de uma parceria entre Brasil e China na operação de um Centro de Mudanças Climáticas e Tecnologias Inovadoras em Energia foi anunciado em Xangai durante o Fórum Internacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, realizado entre os dias 16 e 18 de junho no Pavilhão do Brasil na Expo Xangai.

O Centro, que reúne a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a Universidade de Tsinghua, de Pequim, tem como objetivo fortalecer a pesquisa de soluções inovadoras para o desenvolvimento sustentável nos dois países. Pesquisadores das duas Universidades irão, inicialmente, trabalhar em projetos com foco no combate à poluição e às mudanças climáticas, bem como a maior eficiência no uso de energia nuclear e de energias limpas.

Esta parceria estratégica leva o Brasil e a China a uma nova era de cooperação tecnológica. Empresas e órgãos públicos também participarão da iniciativa, que receberá investimentos do Governo Federal da ordem de R$ 2 milhões nos próximos dois anos.

No atual momento de desenvolvimento tecnológico global, o Centro surge como um incentivo a ações e pesquisas inovadoras no desenvolvimento econômico sustentável e na melhoria da qualidade de vida nas cidades. China e Brasil são duas potências emergentes e com desafios similares no processo de crescimento acelerado.

“A diversificação de canais de cooperação entre os dois países é fundamental para que se mantenham competitivos internacionalmente e com o mesmo nível de desenvolvimento. Por isso, destaco a importância de explorarmos, de todas as formas, a nossa parceria técnica e científica com a China,” declarou o presidente da FINEP, Luís Manuel Rebelo Fernandes, na abertura do Seminário em Xangai.

O modelo de cooperação entre Brasil e China tem proporcionado a realização de vários projetos, como o do Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres (CBERS), que desenvolve e opera satélites de observação terrestre desde 1988. O projeto possibilitou a construção de uma sólida base para colaboração estratégica entre os dois países. Como engenheira geral e chefe do sistema de aplicativos do CBERS 1, Wu Meirong presenciou os 22 anos de colaboração. Ela disse que o programa é um modelo de cooperação sul-sul de alta tecnologia.

O Fórum Internacional realizado entre os dias 16 e 18 no Pavilhão do Brasil foi palco para a troca de informações por trás do rápido crescimento do Brasil em Ciência, Tecnologia e Inovação. Sendo a maior economia da América Latina e o nono PIB do mundo, o Brasil tem feito investimentos em tecnologia como uma ferramenta valiosa para incentivar seu crescimento. O Plano de Ação de Ciência, Tecnologia e Inovação (PACTI), do Governo Federal, irá investir em 2010 aproximadamente US$ 22 bilhões.
Os Fóruns Internacionais no Pavilhão do Brasil reforçam a diversidade e a boa vontade brasileira para a cooperação. Pedro Wendler, diretor do Pavilhão do Brasil, afirmou que “o país avança na cooperação com outros países e busca formar uma importante plataforma para potencializar os benefícios conquistados pela cooperação”.

O Pavilhão do Brasil pretende continuar colocando à disposição de outros países um espaço valioso para a troca de idéias e melhores práticas. Em julho, o Pavilhão organiza o seminário “A energia que move as cidades brasileiras”, no Expo Center, dentro do Parque da Expo Xangai. Em foco os avanços das energias como biocombustíveis, etanol, redução de gases-estufa pela utilização de energia hidrelétrica, e outras inovações no campo da energia. Também haverá uma plataforma para oportunidades de investimento em energia.

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