Água investimento rentável e sustentável

A sustentabilidade é hoje um conceito disseminado em todas as áreas de atuação humana - e que ganha ainda maior repercussão com o mês em que se comemora o dia do Meio Ambiente em 5 de junho. Na agroindústria, sua aplicação pode ser benéfica não só por contribuir efetivamente na preservação dos recursos naturais, mas também pela economia real gerada pelo investimento em processos produtivos ligados ao uso racional dos recursos naturais.

Um exemplo disso é o uso racional da água em uma indústria como a Sanjo, uma das principais produtoras de maçãs do Brasil. Somente o maquinário do chamado “estágio de pré-classificação” da empresa, onde as maçãs são lavadas e separadas por categorias, através dede leitura óptica de cor, tamanho, formato e defeitos, consumiria 130 mil litros por semana, num volume que hoje é reutilizado durante o ano todo, graças a um sistema de tratamento desse bem líquido, transparente, vital e precioso.

O equipamento, que demandou um investimento do R$ 5 milhões, conta com um moderno sistema de filtros e tratamento que mantém a água potável durante o ano todo, sem requerer a troca constante de água que geraria grande consumo e desperdício. “Podemos estimar uma economia anual de água de aproximadamente 7 mil m³, o que representa cerca de R$ 40,5 mil por ano em termos financeiros”, analisa o presidente da Sanjo, Roberto Y. Katto.

A empresa também investe alto em processos que lhe garantem a manutenção do selo de Produção Integrada da Maçã (PIM), um sistema certificado pelo Inmetro, que assegura a qualidade da fruta em todas as fases de produção, armazenagem e classificação – sendo a maçã a primeira fruta no Brasil a ter uma metodologia de controle dentro deste sistema.

Com 100% dos seus 1.000 hectares de maçãs cultivados dentro do sistema PIM, hoje a Sanjo consegue rastrear todo o caminho percorrido por cada unidade da fruta colhida pela cooperativa, com benefícios que incluem a segurança alimentar, o controle biológico natural de pragas e doenças e a conseqüente preservação ambiental.

“Nosso investimento total neste ano chega a 18 milhões, sendo R$ 3 milhões na agroindústria e R$ 15 milhões na área de armazenagem de maçãs”, informa Roberto, destacando que o PIM rege a forma de aplicação racional de defensivos que são pulverização com água para o controle de pragas, o que, em última instância, também regula o uso racional de água no campo.

A água da chuva é outra fonte natural de reaproveitamento de recursos naturais que faz parte dos planos de sustentabilidade da Sanjo, com a construção de uma cisterna com capacidade para armazenar até 300 mil litros de água das chuvas para aproveitamento no processo de beneficiamento das mais de 40 mil toneladas maçãs colhidas na safra de 2010 – num investimento de aproximadamente R$ 150 mil. Medidas como as da Sanjo são de vital importância para a manutenção de suas atividades, sem prejuízos econômicos e ambientais a toda a comunidade atendida pela empresa.

Localizada na cidade de São Joaquim, na serra Catarinense, a Sanjo se abastece da abundância de água providas pelos diversos rios que fazem da região um berço de nascente de águas pura e frias - em rios como Pelotas, Lavatudo, rio da Divisa, rio Mantiqueira, São Mateus entre outros. Este panorama reflete a posição privilegiada do Brasil em termos de recursos hídricos, no qual detém 12% de todas as reservas mundiais. Um tesouro que deve ser preservado com ações de uso sustentável por parte de todos os agentes da sociedade.

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