Ausência de conservação do solo e de matas ciliares degrada mananciais

Data: 31/05/2010

Ausência de conservação do solo e de matas ciliares degrada mananciais


Em mais uma saída de Campo para o Monitoramento da Qualidade e Disponibilidade de Água nos Córregos do Coqueiro, Três Barras e Boi no Noroeste Paulista a falta de conservação do solo e a ausência de matas ciliares deixa suas marcas no próprio leito dos mananciais é que se percebe no registro fotográfico realizado no dia 17 de maio, de 2010 pela equipe do Área de Hidráulica e Irrigação da UNESP Ilha Solteira e disponível em: http://irrigacao.blogspot.com.

Estas microbacias tem sua importância por serem os principais mananciais dos municípios em que estão inseridas, fonte de água para a irrigação e abastecimento público.

Projeto com financiamento do CNPq, o monitoramento sistemático da qualidade da água e vazão de importantes córregos da região mostra uma situação de degradação ambiental cada vez maior à medida que o tempo passa.

"Erosão, assoreamento, inundação na estação chuvosa e baixa vazão na estação limitam o uso da irrigação como fator de desenvolvimento sócio-econômico", é o que afirma o professor Fernando Braz Tangerino Hernandez, da UNESP Ilha Solteira, coordenador dos projetos de monitoramento dos recusros hídricos e ambientais. E complenta que "não se trata apenas de disponibilidade de água, cada vez menor na estação seca, mas também, da qualidade da água, que com a erosão e o consequente assoreamento piora muito, exigindo sistemas mais rigorosos de filtragem da água, impondo mais custos aos projetos de irrigação".

A situação, relatada e ilustrada em fotos tiradas nas microbacias do Córrego do Coqueiro, localizado entre os municípios de Jales, São Francisco, Dirce Reis, Urânia e Palmeira d'Oeste, Três Barras em Marinópolis e do Boi em Aparecida d´Oeste, não é fato isolado, sendo observado na maioria das microbacias da região noroeste paulista, que tem os menores índices de vegetação nativa remanescente do Estado. A Bacia Hidrográfica do Turvo/Grande conta com apenas 3,91% de mata nativa e a do São José dos Dourados com apenas 2,79%.

O trabalho de monitoramento dos mananciais evidencia a relação direta entre a presença de matas e a vazão do manancial, como demonstra o estudo realizado na microbacia do córrego Três Barras. Quanto mais mata, mais água na estação seca como mostra o estudo publicado na revista Agriambi "Influência do uso e ocupação do solo nos recursos hídricos do Córrego Três Barras, Marinópolis" cujos autores são Luiz Sergio Vanzela, Fernando Braz Tangerino Hernandez e Renato Alberto Momesso Franco, publicada no volume 14, número 1, páginas 55–64, em janeiro de 2010.
Confira o artigo em: http://www.agr.feis.unesp.br

Outro importante artigo, também publicado na mesma revista é "Qualidade da água para irrigação na microbacia do Coqueiro, Estado de São Paulo", de Renato Alberto Momesso Franco e Fernando Braz Tangerino Hernandez que pode ser acessado em www.agr.feis.unesp.br/pdf/agriambi_coqueiro_franco_hernandez2009.pdf

Os projetos e trabalhos de pesquisa da Área de Hidráulica e Irrigação da UNESP Ilha Solteira podem ser acessados em:www.agr.feis.unesp.br/pesquisas.php

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