ONGs lançam guia sobre biodiversidade para educadores brasileiros
As ONGs WWF-Brasil, Supereco e Conservação Internacional lançam esta semana o livro Investigando a Biodiversidade: guia de apoio aos educadores do Brasil. A publicação destina-se a professores e educadores que trabalham o tema biodiversidade com crianças e jovens. A obra é uma adaptação brasileira de Exploring Biodiversity, guia lançado pela Conservação Internacional e o WWF nos Estados Unidos.
A partir de 18 de maio o guia estará disponível nos sites da Conservação Internacional (www.conservacao.org), do Instituto Supereco (www.supereco.org.br) e da WWF-Brasil (www.wwf.org.br).
Foram impressos 7 mil exemplares, mas as instituições estão discutindo com o Ministério do Meio Ambiente a possibilidade de reimpressão da obra para permitir ampla distribuição do livro aos educadores brasileiros.
Adaptação
O livro, que reúne textos e atividades práticas, tem 133 páginas. Voltada para o público a partir dos 11 anos, a publicação traduz conteúdos científicos, geralmente técnicos e complexos, de forma lúdica.
Tivemos de incluir um capítulo na publicação original, pois temos uma biodiversidade diferente, mais rica. Também falamos dos corredores de biodiversidade, que são pontes entre diferentes ambientes naturais, o que não existe nos EUA, onde o livro original fez imenso sucesso, afirma Irineu Tamoio, coordenador de educação ambiental da WWF Brasil.
Segundo Irineu, a versão brasileira demorou dois anos para ficar pronta. Biodiversidade é um palavrão para crianças nessa idade. Mas a principal ideia que procuramos passar foi a de que todas as formas de vida estão interligadas. E que a riqueza da cultura humana não pode existir sem a riqueza das outras variedades de vida, resume.
A coordenadora geral do Instituto Supereco, Andrée de Ridder Vieira, faz coro com o educador. O Brasil é o país da megadiversidade, mas nossas crianças, jovens e adultos ainda desconhecem sua biodiversidade e como ela está presente no seu dia a dia. Sabemos que a escola é um espaço essencial de formação e de mobilização. Por isso, é importante criar material didático apropriado, ressalta Vieira.
Embora a faixa etária recomendada para a aplicação prática do material seja de crianças e jovens entre 11 e 14 anos, os autores ressaltam que diversas atividades podem ser adaptadas para grupos de crianças mais novas e adultos.
O Estado de S. Paulo
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