Nos EUA, robôs fecham o menor ponto de vazamento

Data: 07/05/2010

Nos EUA, robôs fecham o menor ponto de vazamento


Sobram dois, muito grandes para os robôs; caso estratégia alternativa falhe, óleo jorrará por meses. Pela primeira vez desde que o petróleo começou a poluir o golfo do México, os engenheiros conseguiram fechar um dos três pontos de vazamento. O anúncio foi feito na quarta-feira (5/5) pela BP, empresa em cuja plataforma houve o acidente.A vitória, entretanto, não é muito grande: o vazamento consertado era o menor do trio. A quantidade de óleo sendo jogada no mar não se reduzirá significativamente, portanto.Robôs submersíveis, controlados à distância, instalaram uma válvula na base do tubo de perfuração em que ocorria o vazamento, fechando o fluxo, fazendo o óleo parar de escapar.Uma válvula assim, porém, não seria viável nos outros dois buracos, muito maiores. A BP quer tampar o maior com uma cúpula de 98 toneladas. O plano é descer a estrutura até o fundo do mar, sobre o vazamento, canalizando o óleo até uma plataforma na superfície. O desejo é que tudo isso esteja funcionando até o fim de semana.Se falhar...A BP admite que, se a cúpula não funcionar, o petróleo vai continuar jorrando no mar por meses. O tamanho do impacto até agora ainda está sendo estimado. Quase 10 milhões de litros de óleo já vazaram.
A empresa enfrenta uma crise de imagem. Ela estudou lançar uma campanha publicitária, mas os executivos rejeitaram a ideia, porque \"expressões de pesar não têm muita credibilidade\", nas palavras Andrew Gowers, porta-voz da BP.
Enquanto isso, cresce o medo de que o ambiente da região, vital para a desova de peixes, camarões e caranguejos e ponto de parada para espécies raras de aves migratórias, esteja em risco. Além disso, a pesca foi banida em algumas áreas. Só na Louisiana, a atividade envolve US$ 2,4 bilhões ao ano.\r\n\r\n(Folha de SP, 6/5)


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