Desastre ambiental pode se tornar o maior da história dos EUA; ventos alastram vazamento

Data: 30/04/2010

Desastre ambiental pode se tornar o maior da história dos EUA; ventos alastram vazamento


A secretária de Segurança Interna dos Estados Unidos, Janet Napolitano, afirmou na tarde desta sexta-feira (30) que o governo vai usar todos os recursos disponíveis para evitar a acentuação das consequências do derramamento de petróleo no Golfo do México. Segundo especialistas, o desastre ambiental na Louisiana tem potencial para se tornar o maior da história dos Estados Unidos. A mancha já mede 5,5 mil quilômetros quadrados e atinge boa parte da costa sul do país.

Segundo o governador do Estado, Bob Jindal, a British Petroleum, responsável pela plataforma que afundou, não dispõe de recursos suficientes para deter a mancha de óleo, que se alastra rapidamente em razão dos fortes ventos. “Estes próximos dias são cruciais e é por isso que devemos fazer tudo o que for necessário e possível para proteges nossa costa”, afirmou.

A região do Golfo do México conta com uma riquíssima indústria pesqueira que inclui camarões, ostras e mais de 400 espécies de peixes, baleias e golfinhos, além de uma ampla variedade de aves e vida silvestre.

Cerca de 5.000 barris de petróleo (quase 800 mil litros) estão sendo derramado por dia no mar. A mancha se espalhou tão rapidamente que até o Estado da Flórida já declarou estado de emergência prevendo a catástrofe que está por chegar em sua costa.

Diariamente, aproximadamente 79 embarcações trabalham para manter as 66 mil barreiras flutuantes, que se arrastam e contem a mancha de óleo, além de sete sistemas que colhem o petróleo e o retiram do mar. Ao todo, cerca de 2.000 pessoas estão envolvidas nas ações de emergência coordenadas pelo governo norte-americano. Além disso, seis aeronaves, 11 helicópteros, 10 veículos operados remotamente e duas unidades móveis de perfuração a pouca distância da praia foram implantados.

O governo americano também enviou dois aviões Hércules C-130 ao local para borrifar substâncias químicas sobre a mancha de óleo. O sargento Bob Barko, porta-voz da Estação Aérea do Exército em Youngstown, no Estado de Ohio, informou que os aviões especializados saíram da base na quinta-feira (29).

A chegada da gigantesca mancha de petróleo à costa americana ocorre dez dias depois da explosão da plataforma petrolífera Deepwater Horizon, que afundou dois dias depois e deixou um poço que derrama a cada dia cerca de 800 mil litros de petróleo.

Perigo ecológico
Uma equipe da Guarda Costeira ateou fogo a parte da mancha de petróleo, em uma tentativa de salvar o frágil ecossistema de pântanos da Louisiana.

A queima controlada da mancha foi feita em uma área cerca de 50 km a leste do delta do rio Mississippi, de acordo com as autoridades.

Os esforços para conter o vazamento são dificultados pela profundidade do poço, que está a cerca de 1.525 metros abaixo da superfície do mar. Engenheiros estão trabalhando na construção de um tipo de cúpula para cobrir o poço, impedindo que o petróleo chegue à superfície.

Hoje a Casa Branca desautorizou qualquer nova perfuração petrolífera até que o vazamento na Louisiana seja investigado.

*Com informações de agências internacionais



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