Água e saneamento devem voltar ao topo da agenda mundial

Data: 26/04/2010

Água e saneamento devem voltar ao topo da agenda mundial


Entre 1997 e 2008 financiamentos em projectos de água potável e saneamento foram inferiores a fundos canalizados para as áreas da saúde, educação, transportes, energia e agricultura.

A afirmação consta de um relatório lançado esta quarta-feira pela Organização Mundial da Saúde, OMS e pela ONU-Água, uma entidade que coordena todas as actividades da organização nesses dois domínios.

Provas Concretas

O estudo revela que financiamentos em água e saneamento caíram de 8% para 5% da ajuda total ao desenvolvimento, durante aquele período.

A OMS afirma que a queda aconteceu apesar de provas concretas de que o cumprimento das Metas do Milénio nessas duas áreas irá baixar custos de saúde, aumentar a frequência escolar e reforçar a produtividade.

O relatório indica que apesar desses benefícios evidentes para o desenvolvimento económico e humano, muitos países e doadores continuam a não prestar atenção e canalizar recursos suficientes para esses sectores.

A directora de Saúde Pública e Meio Ambiente da OMS, Maria Neira, disse à Rádio ONU, de Genebra, que a melhoria do acesso a água e saneamento traz vantagens económicas.

Retorno

"Por cada dólar investido em água e saneamento há um retorno de entre US$ 4 e US$ 34. Estamos convencidos que este é o investimento mais importante que os doadores podem fazer não só para a saúde das pessoas mas também para o benefício do desenvolvimento sócio-económico dos países", afirmou.

O relatório será apresentado à 1ª reunião anual de alto nível sobre Água e Saneamento para Todos, marcado para Washington, a 23 de Abril.

ONU


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