Sustentabilidade no Brasil
O papel da economia na política e prática de gestão ambiental são, atualmente, um dos assuntos mais discutidos entre governantes e corporações. Nessa linha de raciocínio, a editora Campus-Elsevier lança a segunda edição do livro Economia do Meio Ambiente, que traz a relação entre a economia ecológica, a dos recursos naturais e a ambiental totalmente voltada para a realidade brasileira. O título é fruto da cooperação de renomados pesquisadores da Sociedade Brasileira de Economia Ecológica (ECOECO) para mostrar esta necessária integração entre a ecologia e a economia nos dias de hoje. Visando preencher uma lacuna na literatura, o livro é a única referência em língua portuguesa que trata do assunto numa perspectiva informada pela literatura internacional e pelos principais especialistas em cada assunto, mas com enfoque direcionado à realidade brasileira.
Com conteúdo revisado, esta segunda edição apresenta aos leitores um panorama do que aqui chamamos de economia do meio ambiente, aprofundando questões teóricas destas escolas do pensamento econômico desde a economia ambiental e dos recursos naturais até a economia ecológica e a evolucionista e institucional que buscam discutir e incorporar a questão ambiental em suas estruturas teóricas e as abordagens aplicadas.
Comparado à Ásia, à Europa e mesmo aos EUA, o Brasil pode ser considerado relativamente vazio e, consequentemente, ainda não necessita de um direcionamento para uma economia do mundo cheio. Os artigos desse título apresentam evidências de que isso não é tão verdadeiro como se poderia imaginar. O Brasil está enchendo-se rapidamente em consequência de seu próprio crescimento interno, assim como pelas demandas sobre recursos naturais e seus ecossistemas, impostos pela economia do resto do mundo globalizado. De acordo com os autores, o momento para o Brasil se preocupar com a conservação e uso sábio de seu patrimônio ecológico é agora, antes que tudo esteja esgotado, poluído e degradado pelo vício do crescimento a qualquer preço, desrespeitando os seus custos e comprometendo a integridade das gerações futuras.
Os 16 capítulos são divididos em três partes: a primeira, trata dos Fundamentos da economia do meio ambiente em uma abordagem que conjuga as perspectivas da economia ecológica, de poluição e dos recursos naturais. Já os capítulos da Parte II, abordam temas relacionados a Políticas ambientais e gestão empresarial a partir de um ponto de vista distinto da economia ambiental, voltando-se para outras correntes de pensamento econômico e incorporando outras disciplinas das ciências sociais. A última parte da obra relata uma área específica de grande relevância ao Brasil, que é a Valorização e compensação de serviços ambientais.
A nova estrutura do livro ajuda a refletir a evolução de conceitos e temas ambientais da atualidade nacional, incluindo três novos capítulos com destaque na valoração e mecanismos de compensação pelos serviços da natureza (carbono, água e biodiversidade), a avaliação econômica de usos do solo na floresta amazônica e o potencial para energia de fontes renováveis. Os autores também reforçam a base teórica e metodológica presente na primeira parte do livro, com a adição de dois novos capítulos, sobre o fundamento termodinâmico da economia ecológica e a criação e aplicação de indicadores de sustentabilidade. Há ainda um capítulo completamente novo sobre o tema de comércio internacional e meio ambiente.
O formato didático foi mantido, com a inclusão de exercícios, guias de leitura adicional e um estilo orientado para o uso em cursos dedicados ao tema de Economia do Meio Ambiente no Brasil.
Categoria: Universitários - Economia
Formato: 17x24 cm
Páginas: 400
Preço: R$ 89,90
Peter H. May é professor adjunto do curso de Pós-Graduação em Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade CPDA/UFRRJ, pesquisador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Políticas Públicas, Estratégias e Desenvolvimento INCT-PPED e diretor adjunto da OSCIP Amigos da Terra-Amazônia Brasileira. É atualmente presidente da International Society for Ecological Economics (gestão 2008-2009) e preside o Conselho Fiscal e Consultivo da Sociedade ECOECO.
Fonte: Bianca Marins - Approach
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