RJ: Língua negra em Copacabana seria despejo de esgoto, segundo secretaria

Segundo Rodrigo Sanglard, a Cedae tem um sistema de coleta que só funciona em tempo seco no Morro Pavão-Pavãozinho e tem ligação com a rede de esgoto da companhia na Praia de Copacabana. As fortes chuvas dos últimos dias teriam provocado o transbordamento e a água escoou para a rede pluvial.

A assessoria de Comunicação da Cedae, no entanto, nega e afirma que não tem qualquer sistema no Pavão-Pavãozinho que possa ter provocado o vazamento de esgoto para a rede pluvial e a conseqüente formação da língua negra. A secretária do Ambiente, Marilene Ramos, afirmou que as línguas negras nas praias de Copacabana e de São Conrado são conseqüências de ligações clandestinas de esgoto nas redes pluviais e que acabam chegando nas praias. Foram recolhidas amostras que serão analisadas para saber se há esgoto. O resultado fica pronto em 20 dias.

Cachoeira de esgoto em São Conrado

Na última quinta-feira, a Praia de São Conrado amanheceu debaixo de uma cachoeira de esgoto. A ruptura da tubulação da Cedae que corre pela Avenida Niemeyer provocou o vazamento de uma enxurrada de água contaminada na areia e no mar. Segundo a companhia, o duto seria reparado durante a noite desta quinta. Mas documentos da própria Cedae, divulgados durante uma audiência pública sobre o saneamento de São Conrado na Assembléia Legislativa do Rio, revelam que a corrosão já comprometeu 60% da parede do tubo onde houve o problema. Apesar dos sinais externos de corrosão no local do acidente, o diretor de Grandes Operações da Cedae, Jorge Briard, alega que o trecho de tubulação rompido estava intacto. O problema teria ocorrido porque o duto estaria operando com carga máxima.




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