Mais emissão de poluentes

Data: 17/03/2010

Mais emissão de poluentes


Perpetuando a tendência de aumento que se estende há anos, o dióxido de carbono, medido na estação norueguesa Zeppelin, no arquipélago ártico de Svalbard, subiu para a média de 393,71 partes por milhão na atmosfera nas primeiras duas semanas de março, contra 393,17 partes por milhão no mesmo período de 2009. Segundo Johan Stroem, pesquisador do Instituto Polar Norueguês, os dados revelam constante elevação. “Olhando para os dados recebidos do Zeppelin desde o final dos anos 1980, parece que o aumento está acelerando”, disse.

Já o aumento nas concentrações de CO2, que estão próximos do pico anual observado antes do crescimento de vegetação (que absorve o carbono) na primavera do Hemisfério Norte, foi abaixo do ganho médio do ano, de cerca de duas partes por milhão.

“Mesmo assim, os dados confirmam o aumento”, disse Stroem, falando das informações relativas às duas primeiras semanas de março. Segundo o pesquisador, essas concentrações variam de semana a semana, dependendo dos ventos no Ártico.

Consequências da elevação

Desde que a Revolução Industrial introduziu o uso mais amplo de combustíveis fósseis, as concentrações de carbono subiram em mais de um terço. Conforme um estudo feito em 2009, do oceano ao largo da África, os níveis de carbono atmosféricos estão no ponto mais alto em 2,1 milhões de anos.

O painel de cientistas climáticos da ONU diz que o aumento da concentração de carbono pode causar mais enchentes, ondas de calor, tempestades de areia e elevações do nível dos mares.

Os dados “parecem indicar que estamos continuando a emitir carbono como se não houvesse amanhã”, disse Kim Holmen, diretor de pesquisas do Instituto Polar Norueguês.

A concentração cada vez maior de dióxido de carbono, também registrada desde o final da década de 1950 em medições feitas do alto de uma montanha no Havaí, é um dos elementos mais fortes no argumento dos cientistas climáticos de afirmam que as atividades humanas provocaram o aquecimento global.

Céticos passaram a questionar o argumento científico do IPCC desde que, no ano passado, vazamentos de e-mails de uma universidade britânica aparentemente indicaram visões discordantes entre os pesquisadores.


do Mercado Ético


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