Paul Simpson: Transparência nas emissões de carbono

Data: 25/02/2010

Paul Simpson: Transparência nas emissões de carbono


Empresas de serviços, extrativistas, petrolíferas, químicas, siderúrgicas, de pequeno ou grande porte. Todas, sem exceção, estão diante do desafio de mensurar, gerir e reportar suas emissões de carbono. As que ainda não o fazem terão que adaptar seu modelo de negócio para internalizar os custos das mudanças climáticas, atendendo a uma crescente exigência de governos, ONGs, consumidores e, é claro, investidores.
O exemplo mais notório dessa tendência é o Carbon Disclosure Project, organização que atua como intermediária entre acionistas e companhias, alertando os primeiros quanto às implicações das mudanças climáticas nas segundas. Paul Simpson, um dos criadores do CDP, esteve no Brasil recentemente para lançamento da edição brasileira do relatório anual da organização, hoje a maior plataforma mundial de dados de emissões corporativas de gases de efeito estufa.
Para o economista, o aquecimento global está intimamente ligado com a gestão de riscos e as empresas já começam a ter prejuízos causados por eventos climáticos extremos. “A indústria agrícola indiana sofreu, neste ano, queda de 27%, graças às alterações no clima. No setor de gás e petróleo, os furacões ocasionaram o fechamento de inúmeras refinarias. É importante que as companhias entendam os riscos físicos que as mudanças climáticas podem gerar e atuem na reversão desses fenômenos”, destaca.
Simpson defende ainda que o inventário de emissões seja uma vigorosa ferramenta de gestão, sobretudo no que diz respeito à decisão de investimento. “Ao entender o processo de produção da empresa e como são geradas as maiores emissões, é mais fácil decidir onde focar novas atividades”, afirma. Aos 38 anos, ele representa uma nova geração de líderes, cuja performance será avaliada pela capacidade de romper com antigos modelos, conduzindo a sociedade a padrões de desenvolvimento mais sustentáveis. Confira, a seguir, como ele vem respondendo a esse desafio à frente do CDP.


Ideia Socioambiental: Comparado à década de 90, quando você começou a estudar as questões socioambientais, que avanços enxerga na discussão sobre sustentabilidade?
Paul Simpson: As grandes empresas entenderam que deveriam incorporar as questões socioambientais aos negócios, uma vez que os governos passaram a exigir essa postura. Havia também uma percepção ruim das Ongs em relação aos negócios. Já há companhias que enxergam oportunidades de desenvolver produtos e serviços em um mundo sustentável. Mas alguns grupos ambientais ainda acreditam que os negócios não privilegiam o meio ambiente. Ainda assim, existe um conhecimento muito maior sobre como a economia funciona, o comércio global e como podemos torná-lo mais sustentável.


I.S: Você encontrou alguma dificuldade ao tentar aplicar o que havia aprendido sobre sustentabilidade nas organizações por onde passou?
P.S: Sim. Hoje, o aquecimento global é um fenômeno real. Mas quando começamos em 2000, muitas pessoas não acreditavam que pudesse ser verdade, principalmente nos EUA. Então tivemos que abordar inicialmente como as mudanças climáticas eram percebidas porque se falássemos em realidade, as pessoas poderiam argumentar que não acreditavam. Agora, ao tratar dessa questão, muitos se dão conta de que já sentiram algum reflexo do aquecimento global. Escutamos os cientistas e percebemos que precisamos mudar. Essa é a grande mudança observada nos últimos 10 anos.

I.S: Quais foram os fatos, líderes ou mesmos textos que o inspiraram a integrar o movimento de responsabilidade social corporativa?
P.S: Fiz um mestrado em Prática Responsável nos Negócios na University Bath, programa focado no papel dos negócios na sociedade. Quando estava na universidade, a revista The Ecologist também foi muito inspiradora para mim, além de muitos autores como David Korten que, em 1999, chamou a atenção para os novos desafios de dimensões globais com a publicação do livro When corporations rule the world (Quando as corporações regem o mundo, em tradução direta para o português).

I.S: Qual é o cenário global da mensuração, comunicação e gestão das emissões de carbono atualmente?
P.S: Vejo algum progresso nesses nove anos de CDP. Em 2003, apenas 245 reportaram suas emissões pela plataforma Green Gas Protocol. Atualmente são 2005, o que representa 10 vezes mais em seis anos. Estamos caminhando na direção correta. Essa evolução é puxada pela Europa e, particularmente pelo Reino Unido, onde há empresas líderes na comunicação das suas emissões, até porque lá as regulações são mais rígidas. Mas também existem bons exemplos nos países emergentes. E neste quesito o Brasil é o líder. Aqui, várias empresas já consideram os fenômenos do clima nos seus negócios, o que demonstra séria preocupação com o aquecimento global. Outras economias emergentes estão muito atrás nessa corrida, por não terem regulação ou mesmo pouco interesse pelo tema. Mas isso também está mudando. Neste ano, dobrou o número de empresas chinesas que responderam ao questionário do CDP. É um progresso lento, mas na direção certa.

I.S: Então a regulação é um elemento-chave para incentivar empresas a divulgar suas emissões?
P.S: Com certeza. Em 2009, 2005 empresas reportaram suas emissões voluntariamente ao CDP, mas nem todas adotam essa postura, nem com este grau de qualidade. Precisamos das regulações para poder criar um padrão básico de divulgação das emissões. As maiores companhias do mundo sabem que é importante ter uma boa reputação associada à redução de emissões de carbono, por isso trabalham para obter melhor desempenho nesse tipo de prática. Elas serão as líderes do movimento pelas regulações. O que precisamos é fazer avançar este padrão básico em torno do mundo.

I.S: No cenário latino-americano, quais os principais desafios e oportunidades?
PS: Se olharmos as economias emergentes, o Brasil é o líder na prática de divulgação de emissões de carbono. Mesmo com a crise econômica dos últimos 18 meses, observa-se um crescimento na preocupação das empresas brasileiras em reportar suas práticas. Somente neste ano cerca de 60 companhias locais informaram suas emissões.
No cenário latino-americano, Chile e México também apresentam bons resultados.


I.S: O inventário de emissões pode funcionar como uma ferramenta para desenhar novos modelos de negócios?
P.S: Empresas que não se preocupam com as emissões não estão focadas em seu consumo de energia. Todos sabemos que os preços da energia seguem em ascensão. Se a organização conhece suas emissões e o seu gasto de energia, consegue identificar e eliminar ineficiências, reduzindo custos. Embora sejam medidas básicas, muitas empresas ainda não as tomaram. Há também uma grande oportunidade no campo da eficiência energética, que muitas vezes reduz em um terço as emissões da empresa e o equivalente em custos. Ao entender o processo de produção e como são geradas as maiores emissões, é mais fácil decidir onde focar novas atividades. Um exemplo disso é o Wal-Mart. Quando os seus executivos procuraram o CDP pela primeira vez, achavam que a maior parte das emissões da empresa fosse proveniente de sua frota de caminhões, a maior dos Estados Unidos. Após realizarmos a mensuração, descobrimos que o maior volume advinha de seus refrigeradores, o que facilitou na tomada de decisão.

I.S: Esse tipo de informação também é importante para os investidores. As empresas já têm consciência dessa realidade?
P.S: Um dos principais motivos para o CDP encorajar o reporte de emissões é o fato de que os investidores estão demandando essa postura das empresas. O CDP, por exemplo, conta com 475 investidores -- 53 brasileiros – representando um volume de U$ 55 trilhões. Como possuem grande parte das ações das empresas, eles precisam entender melhor o negócio, por isso exigem informações de qualidade. Consideramos que a mensuração, gestão e comunicação das emissões de carbono fazem parte de uma boa administração.

I.S: Hoje há muitas ferramentas para fazer inventários de emissões, o que dificulta a comparabilidade por parte dos diferentes stakeholders? Qual é a proposta da CDP?
P.S: Desde o início, trabalhamos com o Green Gas Protocol, iniciativa criada pelo World Business Council for Sustainable Development. Trata-se de um padrão efetivo globalmente. Há diversas ferramentas. Mas como diferem muito entre si, acabam não sendo tão úteis. No CDP, trabalhamos muito essa questão, encorajando as empresas a reportarem suas emissões a partir de um mesmo modelo. Também contamos com uma secretaria chamada Climate Disclosure Standards Board, que atua fornecendo consultoria a companhias em todo o mundo para criar padrões globais de contabilização das emissões de carbono. Esperamos poder expandir a atuação do conselho.

I.S: Por que é importante engajar fornecedores neste movimento de reportar emissões de carbono?
P.S: Se tomarmos como exemplo empresas do setor varejista como Wal-Mart ou Carrefour, eles sabem que provocam emissões na queima de combustíveis para transporte ou com o uso de eletricidade, mas as maiores emissões e a maior influência dessas empresas advêm da cadeia de abastecimento porque eles têm milhares de fornecedores. Outro exemplo: se as empresas declaram um gasto de U$ 2 bilhões ao ano em energia, considerando os gastos de energia dos fornecedores, esse número sobe para U$ 20 bilhões no mesmo período. As companhias nem sempre pensam dessa maneira. E entender os impactos indiretos do negócio é uma maneira de reduzir energia, custos, além de caracterizar uma colaboração entre a empresa e seus fornecedores no sentido de reduzir emissões.
As mudanças climáticas também apresentam riscos às cadeias de abastecimento. A indústria agrícola indiana, por exemplo, sofreu queda de 27% neste ano muito devido às alterações no clima. No setor de gás e petróleo, os furacões ocasionaram o fechamento de inúmeras refinarias. É importante que as companhias entendam os riscos físicos que as alterações climáticas podem gerar e atuam na reversão desse fenômeno junto a seus fornecedores.

I.S: Ainda sobre as cadeias de fornecimento, se os fornecedores não atendem às exigências da empresa, como ela pode ajudá-los a desenvolver processos produtivos menos impactantes?
P.S: A base dessas relações é orientada pelo diálogo entre as empresas e seus fornecedores. É papel das companhias explicar a seus fornecedores a importância de administrar os riscos que suas produções oferecem, de rever o uso eficiente de energia e informar os benefícios de uma gestão consciente. Acredito que passaremos a ver no longo prazo uma ação mais efetiva das empresas pressionando seus fornecedores a aderir aos padrões de sustentabilidade, além de abandonarem o fornecimento de determinadas empresas que não atenderem a esse requisito. Se em 2009 a questão das mudanças climáticas já é séria; em 2014 será ainda mais. Trata-se de se preparar para o futuro e tentar enxergar oportunidades para frear esse fenômeno.

I.S: Qual a melhor maneira de comunicar as emissões de carbono? E como essa informação pode afetar o comportamento do consumidor?
P.S: O aquecimento global é um tema bastante complexo para se compreender em detalhes. E os consumidores em geral dispõem de pouco tempo para obter informação. Por isso, é função das empresas comunicar questões referentes às mudanças climáticas da forma mais clara possível. Muitos já deixaram de comprar produtos que não possuem certificações, como madeira proveniente de regiões desmatadas. Acredito que, no futuro, os produtos virão com símbolos que identifiquem os impactos causados durante seu processo de fabricação. Essa informação estará presente, principalmente, nos produtos que requerem altos gastos de energia e emissões de carbono. Será uma exigência legal.


I.S: Como promover o acesso aos produtos sustentáveis? Em geral, os consumidores precisam pagar um preço extra por essas novas soluções?
P.S: As empresas gostam de encontrar motivos para cobrar mais. Os Ipods da Apple são mais caros que os da Sony, mas ninguém reclama disso. Todos preferem os da Apple porque acreditam que o aparelho trará mais benefícios. Não há nada de errado em pagar um preço mais alto por produtos e serviços que ofereçam novas vantagens. O que deve existir é uma comunicação adequada. O que precisamos do governo são mais incentivos a tecnologias que facilitem o ingresso rápido desses produtos no mercado. É preciso identificar quais produtos realmente geram benefícios à sociedade e trocar os sistemas de taxação visando mudar comportamentos. Em alguns países, por exemplo, não é necessário pagar taxas na compra de determinados itens nos primeiros cinco anos.

I.S: Quais tendências relacionadas ao consumo responsável os países latino-americanos, em particular o Brasil, podem esperar?
P.S: O público está muito mais consciente quanto às questões socioambientais, o que está mudando seus desejos sobre o que comprar. É importante que as empresas se preparem para isso. Quando se compra um carro, é tão necessário conhecer os possíveis impactos ao meio ambiente, quanto saber o valor do combustível, já que o consumidor terá que mantê-lo durante anos. A tendência é optar por um modelo mais eficiente. No setor de entretenimento, todos estão comprando aparelhos de TV Widescreen, muito prejudiciais ao meio ambiente. Em breve, as pessoas começarão a entender os impactos e as empresas que produzem televisores menos agressivos ambientalmente serão preferidas. O setor de alimentos, por sua vez, é frequentemente associado às questões ambientais, já que o consumidor preza por itens saudáveis. No que diz respeito ao Brasil, o País tem o privilégio de possuir a Amazônia. Como ninguém no mundo quer vê-la desmatada, qualquer produto relacionado à sua possível destruição despertará uma reação negativa.



I.S: Pesquisas como a do Globescan, por exemplo, revelam que o consumidor brasileiro é um dos mais preocupados do mundo com o aquecimento global, embora ainda se mostre muito resistente a mudanças de comportamento. Como as empresas devem elaborar suas estratégias considerando esse quadro?
P.S: No Brasil e no mundo, a maioria das pesquisas revela que 90% dos consumidores querem consumir produtos sustentáveis, mas apenas entre 10% e 20% de fato consomem. A responsabilidade das empresas é induzir esse processo. Não se trata apenas de vender os produtos ambientalmente corretos, mas parar de vender os outros. Ou colocar os produtos ecológicos em locais estratégicos. O papel das empresas que estão vendendo esse tipo de produto é fornecer informação para facilitar a decisão de compra do consumidor. Podemos comprar produtos sustentáveis que custem um pouco mais caro, mas precisamos saber que a recompensa virá, por exemplo, sob a forma de redução de gastos com energia.

I.S: Como o esforço de redução de emissões deve ser integrado à pesquisa e desenvolvimento de novos produtos?
P.S: Empresas gastam muito dinheiro em pesquisas para inovação. No passado, não havia nas companhias setores destinados estritamente à inteligência ambiental. Mas já estamos vendo essa mudança, particularmente nas grandes corporações de classe mundial. Li sobre uma empresa japonesa que está produzindo uma lavadora de louças que não utiliza água. É um caso de inovação preocupado com os impactos ambientais.
Se olharmos para a Toyota, primeira empresa a produzir um carro híbrido, observamos grandes volumes de venda e adição importante de valor à marca. No momento em que vivemos, é extremamente importante que as empresas se posicionem com suas inovações.

I.S: Também é papel das empresas tentar mudar o comportamento do consumidor?
P.S: Atualmente, as empresas têm se relacionado mais com diferentes stakeholders. Acredito que podem engajá-los em questões como mudanças climáticas. Oferecendo, por exemplo, produtos melhores e mais informações para consumidores. Ou criando, para funcionários, programas de incentivo a redução de seus próprios impactos, estímulo ao uso de transporte público, de carona compartilhada ou ainda bônus a quem respeitar critérios ambientais.
Cabe às empresas também a responsabilidade de comunicar, a seus investidores, os riscos, oportunidades e medidas tomadas nos negócios. Toda corporação tem o compromisso de identificar os principais stakeholders e descobrir como informar e induzir esses grupos de interesse a agir com mais responsabilidade diante das mudanças climáticas.

I.S: Qual a postura do CDP em relação ao acordo global que está sendo negociado em Copenhague? Como as empresas devem participar dessa discussão?
P.S: É muito importante que os países definam um acordo global sobre as mudanças climáticas. Precisamos que estipulem metas de longo prazo para a redução de emissões. Já as empresas devem compreender que rumo tomarão as futuras regulações, podendo assim planejar a redução de suas emissões num horizonte de prazo mais amplo. Existe, no entanto, um grande risco de não conseguirmos estabelecer um acordo forte em Copenhague. A administração de Obama deu fortes sinais de que está disposta a assumir metas de redução. No entanto, apesar de se moverem na direção de um acordo, os EUA ainda não se mostram tão preparados para o desafio.

I.S: É crescente a busca por ferramentas como a do Global Reporting Initiative (GRI) para reportar resultados socioambientais. Como esse esforço pode ser integrado à comunicação das emissões de carbono, proposta pelo Carbon Disclosure Project?
P.S: Trabalhamos muito próximos do GRI para garantir que nossos esforços estejam alinhados ao que eles estão fazendo. Precisamos trabalhar o mesmo tipo de informação.
Este tipo de informação ganhará crescente importância em todo o mundo. O reporte de emissões e resultados socioambientais, hoje voluntário, se tornará obrigatório daqui a alguns anos. À medida que o mundo evolui e as expectativas dos stakeholders mudam, as empresas serão cada vez mais cobradas a divulgar essas informações adicionais. Aquelas que não estabelecerem tais práticas perderão suas licenças para operar.

Você sabia?
A palavra disclosure significa revelar, prestar informações, voluntariamente ou atendendo a determinada regulação.

Sugestões de janelas de texto:

“Em 2003, apenas 245 reportaram suas emissões pela plataforma Green Gas Protocol. Atualmente são 2005, o que representa 10 vezes mais em seis anos. Estamos caminhando na direção certa.”

“Não há nada de errado em pagar um preço mais alto por produtos e serviços que ofereçam novas vantagens. O que deve existir é uma comunicação adequada. O que precisamos do governo são mais incentivos a tecnologias que facilitem o ingresso rápido desses produtos no mercado.”

“Tanto no Brasil quanto no mundo, a maioria das pesquisas revela que 90% dos consumidores querem consumir produtos sustentáveis, mas apenas entre 10% e 20% de fato consomem. O papel das empresas que estão vendendo esse tipo de produto é fornecer informação e facilitar a decisão de compra do consumidor.”

“Podemos comprar produtos sustentáveis que custem um pouco mais caro, mas precisamos saber que a recompensa virá, por exemplo, sob a forma de redução de gastos com energia.”

Box: CDP Supply Chain

A análise dos dados colhidos pelo Carbon Disclosure Project mostra que 40% a 60% da pegada de carbono das empresas de bens de consumo, tecnologia e fabricantes de maneira geral provêm da sua cadeia de fornecimento (matérias-primas, transporte, processos produtivos, consumo de energia). No varejo, esse índice pode chegar a 80%. Por isso, desde 2009, o CDP conta com um programa específico para fornecedores.
A iniciativa conta com a adesão de 40 empresas dos Estados Unidos, Reino Unido e Brasil. No ano de lançamento do projeto, Vale, Celesc e Bradesco aderiram ao programa. Segundo Simone Zahran, ponto focal do CDP no Brasil, o programa Supply Chain tem dois objetivos principais. “A iniciativa possibilita que as empresas preencham o escopo três do Green Gas Protocol, que diz respeito às emissões na cadeia de fornecimento, e disseminen a governança climática efetivamente”, ressalta.
Ao integrar o projeto, as empresas e seus fornecedores acabam por gerenciar riscos, uma vez que a pressão por produtos e processos menos intensivos em carbono é crescente. Trata-se também de uma oportunidade de reduzir custos, ao identificar gargalos no consumo de energia, por exemplo, e explorar novos nichos de negócio. Além disso, é possível trocar experiências com empresas líderes do mercado.

do Ideia Socioambiental


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