Cimenteiras investem no co-processamento de resíduos

Data: 06/10/2008

Cimenteiras investem no co-processamento de resíduos


Os pneus, por exemplo, também têm sido utilizados como alternativa ao coque de petróleo – combustível tradicionalmente usado na produção do cimento. Por essa razão, cada vez mais cimenteiras têm adotado o uso desse material em suas unidades, já que a queima do insumo contribui para a preservação do meio ambiente e ainda colabora com as práticas de saneamento básico, evitando doenças.

Apenas no Brasil, das 65 unidades cimenteiras destinadas à moagem e fabricação do cimento, 31 estão licenciadas por órgãos ambientais estaduais para realizar o co-processamento e quatro aguardam certificação. Deste total, 20 já estão autorizadas a executar a queima de pneus em fornos.

A abrangência dessa atividade é tamanha, que praticamente todos os estados das regiões Sul, Sudeste, Nordeste e Centro-oeste já têm ao menos uma unidade licenciada para a técnica. O co-processamento é conhecido mundialmente desde a década de 70.

Contudo, a técnica apenas se consolidou no Brasil a partir dos anos 90, devido à necessidade de preparo da indústria, que demanda altos investimentos em tecnologias e adequações a normas ambientais. Afinal, adaptar os níveis de emissão estipulados pelas regulamentações nacionais (Resolução CONAMA 264/99 e 316/02) exige dos fabricantes filtros de alta tecnologia, profissionais capacitados e modernos equipamentos de monitoramento para o controle da emissão de componentes na atmosfera.

Além dos pneus, o Brasil também se destaca no co-processamento de resíduos de diversos segmentos da indústria siderúrgica, petroquímica, automobilística, de alumínio, embalagens e celulose. A estimativa é que 1 milhão de toneladas sejam reaproveitadas em fornos de cimento por ano.




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