Semae vai investir mais

O presidente do Serviço Municipal de Água e Esgoto de Piracicaba (Semae), Vlamir Schiavuzzo, anunciou oficialmente, ontem (9), a relação de investimentos delineada pela autarquia, para 2010. Ao todo, entre projetos relacionados à água e esgoto, as cifras disponíveis são superiores a R$ 14 milhões. Apenas no que diz respeito a novos estudos e empreendimentos para abastecimento e fornecimento de água, o Semae prospecta algo em torno de R$ 5.164.000,00 (cinco milhões, cento e sessenta e quatro mil reais).

Esse valor, aliás, de acordo com o presidente Vlamir Schiavuzzo, tende a crescer 10%, revertendo, consequentemente, mais recursos para o setor.

O montante é proveniente do Orçamento do Semae para 2010. A elevação do valor original é explicada em decorrência da arrecadação maior prevista para os pagamentos das contas de água, pelos piracicabanos. Isso não significa, porém, que a tarifa aumentará. Não há nenhum avanço previsto para este ano.

O carro-chefe dos investimentos, segundo a direção do Semae, é a construção de um reservatório capaz de armazenar o equivalente a quatro milhões de litros de água, ao valor de R$ 1,8 milhão.

O empreendimento será erguido no bairro Cecap. Não é o maior reservatório de Piracicaba - o gigante, ou seja, de maior capacidade, com 11 milhões de litros, funciona em área da Estação de Tratamento do Capim Fino, na região Norte da cidade. Na cidade, há outro reservatório com quatro milhões de litros de água. Já inaugurado, atende a comunidade da região do Kobayat-Líbano.

VETOR DE CRESCIMENTO. No momento, o Semae coordena a elaboração do projeto-executivo do novo reservatório. Essa é considerada a última fase antes da abertura da licitação, que, pelas contas da autarquia, deve demorar até 90 dias para ser concluída.

O projeto-executivo detalha todos os passos da obra. A expectativa é de que a obra seja inaugurada até o final deste ano, sem atrasos. O reservatório do Cecap atenderá uma população estimada em 20 mil pessoas.

O diferencial, segundo Vlamir Schiavuzzo, será o atendimento, que abrangerá, além do novo shopping que será aberto próximo ao campus Taquaral da Universidade Metodista de Piracicaba (Unimep), além do Hospital Regional, considerado a menina-dos-olhos da administração do prefeito Barjas Negri (PSDB), e de loteamentos que serão construídos naquele núcleo do município.

NÚMERO

R$ 7,5 milhões custearão obras e a construção de uma nova ETE em Piracicaba

Hyundai na mira da autarquia

Denominado, pelo presidente Vlamir Schiavuzzo, de Sistema de Esgoto do Polo Automotivo de Piracicaba, o conjunto de obras que será tirado do papel, ainda em 2010, visa a garantir a infraestrutura da Hyundai, a montadora que mais cresceu, no mundo, em 2009.

Para atender à sul-coreana e toda uma população que já se estabelece e começa a se organizar ainda mais no entorno de onde será construída a fábrica de veículos, o Semae investirá R$ 7,5 milhões.

O dinheiro será liberado para a montagem e instalação de interceptores, coletores, elevatórias, bem como a novíssima Estação de Tratamento de Esgoto, já denominada de ETE Santa Rosa-Capim Fino.

Sem contar a Hyundai, o Semae pensa na viabilização do Parque Tecnológico, em condomínios e na própria Fatec. Assim que começar a funcionar, a ETE Santa Rosa-Capim Fino atenderá a 10 mil pessoas. Em oito anos, o número pulará para 30 mil habitantes, num projeto de aumento que será consolidado por meio de três módulos, cada qual para 10 mil pessoas. A obra está na etapa de licitação. Outros R$ 4,4 milhões serão aplicados, conforme Schiavuzzo, para a construção do interceptor da margem direita do rio Piracicaba, mais precisamente no bairro Nova Piracicaba.

A renovação da frota, orçada em R$ 1,6 milhão, reduzirá em 60% o valor utilizado, pela autarquia, para manutenção de máquinas e veículos, leves ou pesados, pertencentes ao Semae.

Schiavuzzo ressalta que quando assumiu a liderança do Serviço Municipal de Água e Esgoto, havia Kombis rodando com mais de 20 anos de uso. Com a renovação prevista, o carro mais antigo terá, no máximo, seis anos de vida útil.

A finalidade é cortar drasticamente o volume de recursos desembolsados para custear os reparos em veículos que, antigos, circulavam sem condições normais de uso.

"Houve o caso de um carro que custou, ao Semae, R$ 6 mil em manutenção, sendo que o custo dele não passava de R$ 5 mil. Não vale a pena. A renovação evita gastos indesejados, que podem ser investidos para questões prioritárias, para investimentos em obras e outros projetos", ressalta o presidente.

da Gazeta de Piracicaba


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