Setor Farmacêutico e a Sustentabilidade

Data: 04/02/2010

Setor Farmacêutico e a Sustentabilidade


Por força de hábito, as empresas geralmente dedicam sua atenção e energia no aspecto econômico de sua atividade, e principalmente para os seus públicos tradicionais, tais como investidores, clientes, fornecedores, e funcionários. Porém as pressões ligadas ao impacto de seu negócio no meio ambiente e nas comunidades estão se tornando mais fortes, por exemplo, por meio de associações mais estruturadas, ou regulamentações mais restritas.

Os próprios stakeholders tradicionais, com uma consciência crescente quanto ao legado às gerações futuras, começam a cobrar uma ação mais responsável das empresas. Estas pressões têm impacto direto nos negócios. Por exemplo, uma nova regulamentação pode ampliar os tramites e prazos necessários para a aprovação de patentes. Por esta razão, começou a se desenvolver nos últimos dez anos o conceito de Responsabilidade Corporativa, que convida a empresa a equilibrar, além do aspecto econômico, o aspecto ambiental e o aspecto social de seu resultado, o que se conhece como “Triple Bottom Line”.

Porém ainda existe o forte preconceito que atuar com responsabilidade gera apenas um custo adicional à empresa, desequilibrando o seu resultado econômico. No Brasil, a maioria das empresas ainda entende a Responsabilidade Corporativa como uma atuação social isolada, e desenvolve ações ainda muito desvinculadas do próprio negócio.

Com este entendimento, a ação social se torna de fato um custo para a empresa, que não muda o seu modelo de atuação, nem sua forma de abordar as principais questões dos seus negócios respectivos. Algumas empresas entenderam a amplitude crescente destas novas pressões. E durante o processo de mudança de padrão, elas descobriram que uma atuação mais sustentável pode também alavancar oportunidades de diferenciação, otimização de recursos, ou mesmo novos negócios.

Em todos os setores de atividades, existem questões com impacto significativo no negócio que precisam ser abordadas com um foco maior pelas empresas, e por um outro ângulo. No setor farmacêutico, estão despontando questões que o modelo tradicional de negócio não consegue abordar de forma adequada, tais como: que tipo de relacionamento mais sustentável pode ser desenvolvido com farmácias e médicos? Como promover o uso mais adequado dos produtos pelos consumidores? Como lidar com a informalidade?

Somente com estas questões identificadas, as empresas poderão direcionar a energia dedicada nas ações de Responsabilidade Corporativa para tratar as pressões de maior impacto, e alavancar novas oportunidades para os seus negócios.


Fonte: Agenda Sustentável/Farma Sustentável (http://www.agendasustentavel.com.br)
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