PCJ terá sistema de tratamento de lodo regional

Data: 18/01/2010

PCJ terá sistema de tratamento de lodo regional




O consórcio da bacia PCJ (Piracicaba, Capivari e Jundiaí) abriu ontem concorrência pública para a realização de um projeto de criação de um sistema regional de tratamento do lodo gerado pelas ETEs (Estações de Tratamento de Esgoto) e pelas ETAs (Estações de Tratamento de Água) dos 62 municípios de sua área de abrangência, entre os quais estão os 19 da RMC (Região Metropolitana de Campinas).


Tratamento de lodo em N. Odessa
De acordo com o engenheiro Alexandre Luis Almeida Vilela, responsável técnico pela licitação, atualmente existem cem ETEs e outras cem ETAs nas cidades que fazem parte do consórcio PCJ, que geram uma média de 30 mil toneladas de lodo in natura por mês - 16 mil nas ETEs e 14 mil nas ETAs. Essa é a primeira experiência de tratamento de lodo regionalizada no Brasil.

“Como nossa expectativa é de que em 2014 o índice de tratamento de esgoto em nossa região dobre de 45% para 90%, isso representará um aumento significativo na geração de lodo, o que nos obriga a pensar em alternativas desde já”, disse Vilela. A empresa vencedora da concorrência terá um prazo de 18 meses para indicar as melhores alternativas para o processamento e a utilização desse lodo.

Segundo Vilela, atualmente a maior parte dos detritos gerados a partir do tratamento de esgoto em nossa região é encaminhada para aterros sanitários ou incinerada. “Além de gerar custos para os municípios, que precisam pagar pelo transporte e destinação desse lodo, existem casos em que esse material é despejado irregularmente, o que pode ter como consequência casos de contaminação do solo e do lençol freático”, afirmou ele.

PROJETOS-PILOTO

Vilela ressaltou que já existem na região projetos-piloto de reaproveitamento de lodo, mas ainda estão em fase experimental ou são em pequena escala. “É uma situação complexa, pois ao mesmo tempo em que resolvemos um problema com a ampliação do tratamento de esgoto, criamos outro com a geração do lodo”, destacou ele.

Para Vilela, inicialmente esse lodo reaproveitado poderia ser utilizado como adubo em plantações de cana de açúcar ou projetos de reflorestamento, mas também para a produção de tijolos ou compostagem de solo. “A Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental), inclusive, tem cobrado que algumas prefeituras adotem medidas para a destinação correta do lodo gerado em suas estações de tratamento”, afirmou ele.

FONTE::: AGEMCAMP - Agência Metropolitana de Campinas ::.
http://www.agemcamp.sp.gov.br/

O Link direto para este artigo é:
http://www.agemcamp.sp.gov.br//modules.php?name=News&file=article&sid=241




< voltar