Helen Pedroso faz um balanço das ações socioambientais do Instituto Coca-Cola Brasil em 2009

Data: 16/12/2009

Helen Pedroso faz um balanço das ações socioambientais do Instituto Coca-Cola Brasil em 2009


Investir em parcerias e desenvolver projetos educacionais e ambientais em todos os estados brasileiros. Esse é o trabalho do Instituto Coca-Cola Brasil na própria definição de Helen Pedroso, coordenadora de Projetos Socioambientais da instituição.

O Nós da Comunicação a entrevistou para que contasse como foram as iniciativas deste ano e quais são as perspectivas para o prosseguimento das ações em 2010. Helen falou também sobre a importância das novas ferramentas de comunicação no auxílio à divulgação de campanhas para os públicos de interesse da empresa.

Confira a seguir a entrevista com Helen Pedroso.

Nós da Comunicação – Qual o balanço que você faz das iniciativas educacionais do Instituto Coca-Cola Brasil em 2009?
Helen Pedroso – O Instituto tem dois programas importantes em educação focados no ensino fundamental: o Programa de Valorização do Jovem e o Projeto Educação Campeã. O Programa de Valorização do Jovem, por exemplo, é feito em parceria com escolas públicas e combate a evasão escolar. Este ano, mantivemos o investimento em 40 escolas em nove estados brasileiros. E, além disso, tivemos uma novidade: uma parceria com o Instituto Ayrton Senna. Conseguimos implementar um programa-piloto no estado do Maranhão, que hoje consta com o pior índice de educação básica do Brasil (Ideb). Então, é um dos targets importantes para a gente investir em uma parceria com nosso fabricante Renosa e com o Instituto Ayrton Senna. É uma metodologia que busca trabalhar com a evasão escolar e investir na qualidade da educação. A ideia é pensar que a criança, além de permanecer na escola, deve aprender com qualidade.

Nós da Comunicação – Quais as perspectivas do Instituto para o ano que vem?
H. P. – Nossa perspectiva é de realmente continuar investindo e ampliar esse trabalho com a parceria com nossos fabricantes. Temos tido, até mesmo, grande apoio de vários fabricantes e organismos locais. Algumas políticas públicas e propostas têm se inspirado em nossa metodologia. Festejamos este ano o aniversário de dez anos do Programa de Valorização do Jovem, e isso trouxe um momento importante para se discutir a educação. Várias prefeituras têm mostrado interesse em transformar a metodologia em algo permanente nas escolas públicas.

Nós da Comunicação – E como foi a atuação nos projetos ambientais? O que esperar para 2010?
H. P. – Este foi um ano muito especial para a área ambiental, principalmente no que diz respeito a reciclagem e a água, que é nosso trabalho com o Instituto. O projeto de reciclagem nasceu em 1996, e a gente conseguiu aprender, nesses últimos tempos, que precisamos de parcerias e investir em gestão. O trabalho é focado para o apoio à cooperativa de catadores em todos os estados brasileiros. A ideia no ano passado era termos 70 cooperativas apoiadas por nossos fabricantes. O programa tem uma diretriz e uma meta significativas e parcerias importantes, como com os supermercados Wal Mart, que hoje têm 100% das lojas com estações de reciclagem e engajamento do consumidor, e com a ONG Doe seu Lixo.

Nossos fabricantes têm feito um trabalho maior de gestão do que investir apenas em ativos que possam ser considerados financiamentos. Então, é uma nova lógica, e o Instituto pode se transformar realmente em um agente facilitador, em um caminho. Com a força do Instituto, pela força da marca Coca-Cola, conseguimos outros parceiros, como BNDES, BID e Fundação Banco do Brasil. Outros grandes parceiros têm investindo forte em reciclagem, e temos batalhado para que esse trabalho tenha força em nossos fornecedores. Tetra Pak, Plastic, Metalic são outros grandes financiadores do Instituto e colaboram também com esse trabalho.

Com relação à água, continuamos fazendo o trabalho na Serra do Japi, no interior de São Paulo, e já conseguimos reflorestar 120 hectares, além de fechar duas microbacias. Nossa ideia para o ano que vem é conseguir atingir novas microbacias e ter a possibilidade também de ampliar para outras regiões do Brasil.

Nós da Comunicação – Até que ponto as novas ferramentas de comunicação têm auxiliado o trabalho de vocês?
H. P. – O Instituto, desde 2007, tem uma campanha chamada ‘Semana otimismo que transforma’. É realizada em maio, quando convidamos todos os fabricantes a se engajarem e abrir mão de seu lucro, por uma semana, de todo o portfólio dos produtos Coca-Cola. Então, parte desse lucro é doado para o Instituto. Por meio dessas ferramentas, conseguimos mobilizar não só o sistema, mas os consumidores. Realizamos várias campanhas no Twitter, no Facebook e também temos usado o Orkut. Temos novidades para o ano que vem da área de marketing corporativo, que tem desenvolvido pesquisas para identificar quais os grupos que têm maior apelo, que podem desenvolver e trazer novidades, para que tenhamos mais gente contribuindo e fazendo atividades na campanha.

Nós da Comunicação – A Coca-Cola promoveu o ‘1º Ciclo de Diálogos’, um evento interno em que a empresa convidou profissionais de fora para um debate sobre sustentabilidade. Qual a importância de uma iniciativa como essa?
H. P. – O ‘Ciclo de Diálogos’ faz parte do caminho da Coca-Cola para a sustentabilidade. O Instituto, como braço social e protagonista das ações sociais, entende que a sustentabilidade é meio ambiente e também tem o lado econômico. Desde 2002, a Coca-Cola Brasil como sistema tem um relatório anual que dispõe de todos os resultados e atividades, investimentos sociais, além de balanços e demonstrativos financeiros. Desde então, conseguimos entender melhor que é preciso ter o processo não apenas como ferramenta de comunicação, mas também como de gestão. E, para isso, fizemos uma parceria com o Instituto Ethos e alguns outros parceiros que nos ajudaram a fazer uma fotografia de como o sistema estava em todas as suas áreas, com o público interno, o meio ambiente, a educação, enfim, tudo o que a gente pudesse estar fazendo e contribuindo para fora da comunidade e internamente. Com essa fotografia, vimos que já estávamos prontos para desenvolver o método GRI, que é hoje uma ferramenta mundial utilizada por diversas empresas, uma padronização. A própria Coca-Cola Company, nos Estados Unidos e em outros países, já utiliza essa ferramenta, e a gente está aplicando pela primeira vez no Brasil.

Um dos fatores que nos trouxe esse enriquecimento é o ‘Ciclo’, pois é a primeira vez que paramos para escutar nossas partes interessadas, nossos stakeholders. É o momento em que eles podem contribuir e dizer como essa plataforma, que está sendo construída, atinge e traz relevância para esses grupos. É sair um pouco do lado de só comunicar o que a gente faz, mas conseguir mostrar o que a gente faz com esses grupos, trazer relevância, materialidade. O objetivo é, realmente escutar, trocar e construir uma materialidade, ter relevância para esse processo.


Fonte: Nós da Comunicação


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