Brasil apresenta seus números
Em seu segundo encontro oficial público com a imprensa e organizações, a ministra Dilma Rousseff, chefe da delegação brasileira responsável pelas negociações em Copenhague, repetiu o posicionamento brasileiro e apresentou números já exaustivamente divulgados no Brasil. Números como a redução do desmatamento, a matriz energética limpa do país e as metas voluntárias que a delegação está levando para a mesa de negociações aqui em Copenhague.
Segundo ela, o estabelecimento da meta entre 36% a 39%, bem entendido, na curva do nosso crescimento e a projeção de redução de emissões em torno de 1 bilhão de toneladas, é o passo à frente do Brasil.
Apesar do ato falho de afirmar sem ter sido corrigida pelos assessores de que o meio ambiente é uma ameaça ao desenvolvimento sustentável, a ministra Dilma ressaltou a importância do crescimento do país sem comprometer nosso patrimônio socioambiental.
A posição do Brasil vem se mantendo a mesma desde antes do início da Conferência do Clima aqui em Copenhague, ou seja, a definição das metas voluntárias e a cobrança aos países desenvolvidos que assumam sua responsabilidade nas emissões históricas dos gases de efeito estufa.
O ministro do meio ambiente, Carlos Minc, também apontou as conhecidas ações do Brasil de repressão ao comércio e desmatamento de madeira ilegal ressaltando a importância de que essas ações sejam acompanhadas de medidas de apoio socioeconômicas que contribuam para valorização da floresta em pé.
O posicionamento brasileiro não é diferente do que temos assistido aqui em Copenhague, apesar do relógio correr rapidamente anunciando o fim da conferência no final desta semana, os países agem com o olhar fixo no seu quintal, nos interesses particulares. Ainda há tempo de se pensar globalmente e se estabelecer um bom acordo, mas como diz a gíria é preciso que os líderes saiam do seu quadrado e assumam a responsabilidade pelo futuro do planeta.
Material produzido e editado pela Envolverde/Mercado Ético/Carbono Brasil/Rebia/Campanha Tic-Tac/EcoAgência, e distribuído para reprodução livre com o apoio da Fundação Amazonas Sustentável.
(Agência Envolverde)
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