Sabesp adota ação para ter recursos até 2010

Data: 04/08/2008

Sabesp adota ação para ter recursos até 2010


Para ter fôlego e manter os planos de investimentos, já que atua em 366 municípios e acredita faltar incentivo ao setor de saneamento, por ser o que menos recebe investimentos na área de infra-estrutura no País, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) resolveu adotar estratégias para conquistar recursos próprios, como ampliar a gama de contratos firmados com empresas como o Grupo Pão de Açúcar e a Telefônica.

Além disso, a Sabesp afirmou que vai registrar seu segundo programa de emissões de títulos na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no valor total de até R$ 3 bilhões. Outra ação é nos projetos de geração de energia, uma alternativa para reduzir custos internos, além da busca de parcerias para ampliar o atendimento com maior agilidade. "A prioridade do trabalho para a Sabesp hoje é aumentar o crescimento e a eficiência, não envolve privatização", disse o presidente da Sabesp, Gesner Oliveira.

Na área de novos negócios da Sabesp, os contratos de demanda firme já são uma realidade para fidelizar grandes clientes. Além do Grupo Pão de Açúcar, a Telefônica é outro exemplo de contrato nessa modalidade em imóveis da empresa localizados nos municípios em que a Sabesp opera. "Atualmente, a companhia possui 53 clientes com contratos de demanda firme e tem meta de chegar a 350 até 2010", disse Flávio Naccache, assessor executivo.

A redução dos custos para os clientes nesta modalidade de contrato, que devem ter um consumo mínimo de água de 3 mil metros cúbicos, podem chegar a 30%. Em geral, o valor da tarifa por m³ cai de R$ 9,69 para R$ 7,15, em média. "A pressão por custos, certificações de qualidade e as exigências de um mercado internacional levaram a uma mudança na geração de contratos de água no setor privado", analisa Emília Dalla Rosa, superintendente de marketing da Sabesp.

A Sabesp tem explorado também outras frentes, como no consórcio com o Grupo OHL e com a empresa de engenharia Enterp, que ganhou o direito de operar o esgoto de Mogi-Mirim, investindo R$ 53 milhões.



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