Pesquisadora da Columbia University mostra o papel das microfinanças no desenvolvimento sustentável

Data: 11/11/2009

Pesquisadora da Columbia University mostra o papel das microfinanças no desenvolvimento sustentável


Carolina Cabral Murphy, pesquisadora da Columbia University, concluiu estudo sobre o papel das microfinanças no desenvolvimento sustentável. Segundo ela, por meio dos mecanismos de microfinanças, as fontes de energia alternativas estão sendo financiadas e a iniciativa está promovendo o uso de fontes limpas de energia e o desenvolvimento econômico de pequenas e microempresas, que são cruciais para o desenvolvimento sustentável das zonas rurais. Segundo ela, os estudos desenvolvidos em países da Ásia.

Segundo Carolina Cabral Murphy, no campo de pesquisa de desenvolvimento econômico existe uma correlação linear muito forte entre o consumo de energia e o crescimento econômico em todos os países (ricos, pobres e em desenvolvimento). Quanto mais industrializado o país for, maior é a sua demanda e consumo de energia. Essa correlação é uma forma alternativa de “double check” (verificação) se houve –ou não- crescimento real do PIB (Produto Interno Bruto).

Durante a crise financeira internacional em 2008, o dado sobre o PIB (Produto Interno Bruto) da China estava, por exemplo, “imaculadamente alto”, afirma. Até a revista “The Economist” verificou essa correlação e apontou que ou a China havia descoberto uma nova fonte de energia neutra e descentralizada, cujo consumo não estava sendo computado, ou o governo estava mais uma vez usando técnicas “criativas” para calcular o próprio PIB. Infelizmente, essas mesmas técnicas são aplicadas ao cálculo das taxas de desemprego em diversos países ricos e em desenvolvimento.

A pesquisadora da Columbia University observou em seu estudo que em certos países da Ásia, onde o acesso à energia elétrica nas regiões rurais é extremamente limitado, cerca de 75% da população rural não tem acesso à rede elétrica (ou a uma fonte estável de energia). As ONGs (Organizações Não Governamentais), algumas prefeituras, bancos comerciais e associações de crédito desenvolveram mecanismos criativos para solucionar o desafio. Há crescimento acelerado de iniciativas de microfinanças nas regiões rurais desses países e novas linhas de crédito do Banco Mundial para promover o acesso ao crédito. Atualmente, a Índia e Bangladesh são “laboratórios vivos” que estão testando o uso de microfinanças como uma solução de parceria pública e privada para financiar o programa energético dessas regiões.

Para Carolina Murphy, com a desregulamentação do uso de microfinanças nesses países, tanto os empresários locais, quanto as Organizações Não Governamentais, conseguiram quebrar a inércia - às vezes dominante no setor púbico - e criar soluções criativas para resolver as falhas de planejamento do governo central. Atualmente, fontes de energia alternativas como o biodiesel, o etanol, a biomassa, mini e micro hidrelétricas de pequena escala, energia eólica e a energia solar estão sendo financiados por esses mecanismos de microfinanças. E a iniciativa está promovendo tanto o uso de fontes limpas de energias quanto o desenvolvimento econômico de pequenas e micro empresas, que são cruciais para o desenvolvimento sustentável das zonas rurais em Bangladesh e na Índia.

Fonte: Digital Assessoria - Comunicação Integrada


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