Informações ambientais com a marca Serasa

Data: 05/11/2009

Informações ambientais com a marca Serasa


Uma das desculpas usuais entre empresas flagradas com problemas na gestão ambiental de sua cadeia de valor pode estar chegando ao fim. É comum as empresas utilizarem como escudo para inconformidades ambientais o famoso “eu não sabia”. A multiplicidade de bancos de dados e a demora em sua atualização, principalmente os públicos, eram a deixa para empresas que violam legislações e normas ambientais continuarem a atuar no mercado. No entanto, a organização que cuida para que maus pagadores permaneçam fora dos negócios aposta agora em sua expertise em controle de informações para oferecer dados sobre o desempenho socioambiental das empresas.



Com uma palestra da senadora Marina Silva, a Serasa Experian lançou na semana passada o produto Conformidade Ambiental, que complementa um conjunto de ferramentas direcionadas para a gestão de sustentabilidade nos negócios. O novo serviço oferece aos clientes uma base de dados com informações sobre as empresas causadoras de impactos ambientais registrados pelos órgãos oficiais controladores do meio ambiente.



De acordo com o diretor de produtos da empresa, Franklin Mendes Thame, o Conformidade Ambiental “identifica as empresas causadoras de impacto ambiental por meio de um confronto com itens da legislação, entre os quais as resoluções 001/86 e 237/97, do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), e suas exigências legais, como a necessidade de licenciamentos ambientais, outorgas, atendimento ao código florestal e outras autorizações necessárias para o desenvolvimento da atividade”.



Essas informações, que atualmente estão disponíveis de forma esparsa nos vários sites dos órgãos governamentais, foram “estruturadas, organizadas e padronizadas, facilitando a consulta por parte do usuário”. Foram reunidas pelo serviço informações sobre sanções, autuações, infrações, acordos conciliatórios, certificações de regularidade com o Sistema de Cadastro, Arrecadação e Fiscalização (Sicafi), áreas contaminadas e interditadas, além de informações sobre trabalho, disponíveis no Ministério do Trabalho e Emprego.



De acordo com Thame, a primeira grande contribuição do novo serviço é ajudar na formação de uma consciência ambiental, por meio da disponibilização da informação. “Outra contribuição importantíssima do serviço é ajudar as instituições financeiras a cumprir as exigências da Lei 6.938/81, que trata da Política Nacional do Meio Ambiente e obriga essas instituições a examinar a conformidade ambiental dos tomadores de empréstimo”, disse o diretor da Serasa.



Segundo ele, “ao tomarem essas medidas, os bancos evitam que diversos riscos se materializem, entre os quais os riscos de reputação, de inadimplência, operacional e de corresponsabilidade como financiadores de atividades ilegais. Além disso, cumprem com uma obrigação moral, pois nem o dinheiro público nem o dinheiro privado podem financiar a degradação da natureza”.



Thame explicou que o Conformidade Ambiental atende a uma crescente demanda por esse tipo de informação por parte de diversas organizações, além das instituições financeiras que adotaram o conceito de finanças sustentáveis. Citou entre elas os fundos de pensão que alinham suas aplicações com os interesses da sociedade, os fundos de investimentos que se adequaram aos conceitos de investimento socialmente responsável (ISR), as seguradoras que qualificam seus segurados e estipulam o valor do prêmio considerando também aspectos sociais e ambientais e, por fim, as empresas que querem implantar os conceitos de sustentabilidade em toda a sua cadeia produtiva e, para isso, introduzem variáveis ambientais e sociais na gestão de fornecedores.



(Agência Envolverde)


< voltar