Governo de São Paulo assina contrato com o Banco Mundial para o Programa Vida Nova
O Governo de São Paulo assinou nesta quarta-feira, 28/10, acordo de empréstimo da Sabesp com o Bird (Banco Mundial), no valor de US$ 100 milhões. A Sabesp entrará com contrapartida de US$ 25 milhões.
É um programa que, sem dúvida, vai mudar a realidade dos mananciais da Região Metropolitana de São Paulo, afirmou o governador José Serra, na cerimônia de assinatura no Salão dos Pratos, no Palácio dos Bandeirantes.
Os US$ 100 milhões liberados pelo Bird fazem parte do investimento total de R$ 1,39 bilhão do Programa Vida Nova Recuperação de Mananciais. É um dos maiores programas de saneamento do Brasil, feito pelo Governo do Estado, sob a coordenação da Secretaria de Saneamento e Energia, com a participação da Secretaria do Meio Ambiente, Sabesp e CDHU, da Prefeitura de São Paulo e de São Bernardo do Campo.
Em primeiro lugar, esse programa visa à proteção e recuperação das águas que abastecem a Região Metropolitana de São Paulo. Em segundo lugar, é vai melhorar a qualidade de vida da população, enfatizou a secretária de Saneamento e Energia, Dilma Pena, no evento no Palácio dos Bandeirantes. Da Sabesp, estiveram presentes o presidente da Sabesp, Gesner Oliveira, o diretor da Metropolitana, Paulo Massato, o diretor Financeiro, Rui Affonso, superintendentes, gerentes e assessores.
Por parte do banco, assinou o acordo com o Governo do Estado o diretor do Bird para o Brasil, Makhtar Diop. O banco tem orgulho em poder contribuir por meio desse programa para o enfrentamento dos urgentes desafios à competitividade e ao crescimento econômico de São Paulo, assim como da sua sustentabilidade social e ambiental, afirmou Diop. Hoje, a escassez e a poluição da água são problemas cruciais enfrentados por mais de 20 milhões de pessoas que vivem na área metropolitana de São Paulo, ressaltou o representante do Banco Mundial.
Objetivos
Os beneficiados pelo programa serão: diretamente cerca de 2,5 milhões de pessoas residentes no entorno das bacias Guarapiranga, Billings, Alto Tietê, Juqueri-Cantareira e Alto e Baixo Cotia, e, indiretamente, todos os quase 20 milhões de habitantes que consomem a água tratada dos mananciais da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP).
O principal objetivo do Vida Nova é recuperar os grandes reservatórios de água da região metropolitana, organizando a ocupação de seu entorno e garantindo o abastecimento da Grande São Paulo, hoje e no futuro. A região é uma das maiores concentrações urbanas do mundo e vive uma situação de escassez hídrica. Cada morador da região tem à sua disposição, por ano, 201 m3 de água. O recomendado pela ONU são 2,5 mil m3 por habitante/ano.
As obras do programa já estão em execução e muito já foi feito, como urbanização de 29 favelas (como o Cantinho do Céu), a desocupação de áreas de preservação permanente, criação de parques (como o Nove de Julho e o Atlântica), ampliação de infraestrutura sanitária com a implantação de coletores-tronco, redes coletoras de esgotos e interligações ao sistema de esgotamento sanitário. Além de melhorias no sistema de abastecimento de água, medidas de controle de qualidade da água, recuperação ambiental e a compra de equipamentos para a coleta de lixo, já entregues a prefeituras do entorno das represas.
A parceria entre o Estado de São Paulo e o Banco Mundial tem sido especialmente importante para o desenvolvimento de programas como o Programa Mananciais, cujo objetivo é recuperar os grandes reservatórios de água da Região Metropolitana, ressaltou o governador José Serra.
Por intermédio desse novo projeto, compartilharemos com o Estado a preocupação com o uso da água, um elemento essencial para promover o crescimento econômico sustentável e inclusivo, completou o diretor do Bird para o Brasil.
Fonte; Sabesp
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