1° Seminário Empresarial de Educação Ambiental recebe 550 pessoas

Data: 23/10/2009

1° Seminário Empresarial de Educação Ambiental recebe 550 pessoas


Cada vez mais os eventos promovidos pela gestão ambiental são sucesso de público. Cadeiras adicionais tiveram que ser colocadas no auditório da Associação Paulista de Supermercados para acomodar mais de 550 pessoas que foram prestigiar a estréia do 1° Seminário Empresarial de Educação Ambiental e também o lançamento do guia de educação ambiental.

E não é para menos. É questão de sobrevivência do planeta estimular nas pessoas uma atitude mais responsável com relação ao ambiente. Isso também é consenso entre os palestrantes convidados. De maneiras variadas, mas sempre no mesmo ponto, eles concordaram que nos últimos anos a população mundial está cada vez mais engajada em assuntos ambientais com o intuito de preservar a Terra.

A Sabesp está fazendo sua parte na conscientização da sociedade com o Programa de Educação Ambiental (PEA). A iniciativa pretende promover processos de educação ambiental que visam à construção de valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências, voltadas para a conservação do meio ambiente, a universalização do saneamento e a construção de sociedades sustentáveis.

Abertura

No auditório da Apas, Marcelo Salles, diretor de Tecnologia, Empreendimentos e Meio Ambiente, foi chamado para abrir o evento. Salles agradeceu a presença dos sabespianos, ONGs e entidades que estavam presentes, enfatizando que um dos principais objetivos da Superintendência de Gestão Ambiental (TA) é trabalhar para mudar de cultura das pessoas sobre meio ambiente. As palestras apresentadas, segundo ele, serão uma via para isso.

Finalizando seu discurso, Salles reconheceu a grande importância do seminário. “Eu desejo que esse evento seja um marco histórico na Sabesp e que as pessoas saiam daqui com orgulho de terem participado deste primeiro seminário”, disse enfático.

O presidente Gesner Oliveira recebeu um troféu e um diploma das mãos do engenheiro Marco André de Oliveira, vice-presidente do Comitê da Bacia do Alto Paranapanema e coordenador geral do Diálogo Interbacias de Educação Ambiental em Recursos Hídricos, pelo apoio dado pela Sabesp nos últimos setes anos em todas as edições do Diálogo Interbacias . “Já tivemos sete diálogos e a Sabesp esteve presente desde a primeira edição”, agradeceu Oliveira.

Para o presidente, trata-se de um marco da companhia ter um grande plano de educação ambiental. Ele ressaltou a importância do PEA, principalmente para o público infantil: “As crianças são nossas principais multiplicadoras de conhecimento”, disse. Gesner ainda falou que há 17 mil educadores na empresa, um número expressivo, mas que ainda é pouco. “Nosso trabalho só vai frutificar se trabalharmos em conjunto com as prefeituras e as várias organizações da sociedade civil”. Alguns projetos foram citados por Gesner, entre eles a transformação da conta de água em débito automático. “Para cada conta transferida haverá um plantio de uma árvore”, explicou.

Depois do presidente, o superintendente de Gestão Ambiental, Wanderley Paganini, enfatizou que a educação ambiental é um dos vetores que aproximam a empresa da sociedade. “Não basta apenas uma estrutura física para o saneamento, deve ter também uma EA para incrustar na cultura da população a importância da preservação do meio ambiente. A mudança de cultura é uma postura que a sociedade deve ter. Mais do que construir deve-se ensinar a como usar os meios físicos”, diz.

Logo após Paganini, a sequencia de palestras dos profissionais convidados começou com o professor da Universidade de São Paulo, pesquisador em educação ambiental e graduado em biologia e pedagogia Marcos Sorrentino. O professor agradeceu a Sabesp pelo convite e começou sua apresentação dizendo que se deve olhar com profundidade as causas que levaram a essa conseqüência desastrosa e falou que o os programas de educação ambiental, em geral, devem aproximar a comunidade com a gestão ambiental planetária. “Assim como Paganini falou da mudança de cultura, a sociedade precisa tomar passos de superação para amenizar os impactos ambientais que a incomoda”, explica. Sorrentino expõe que caminhar na direção da criação de sistemas de EA é fundamental. “Não só as escolas devem adotar a EA, a mudança e ensinamentos são necessários para todos os tipos de públicos.”. Terminando a palestra, o público se retirou do auditório e seguiu para um café.

De volta ao auditório, coordenadora de Educação Ambiental da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, Marlene Gardel ministrou uma apresentação sobre a educação ambiental formal. Ela expôs os números de escolas, alunos e diretorias de ensino de São Paulo, entre eles os 180 professores que são coordenadores das oficinas pedagógicas responsáveis pela EA. Marlene abordou sobre os trabalhos realizados pela Secretaria de Educação, entre eles, o I, II e II Conferência Nacional Infanto- Juvenil, iniciativa importante que envolveu mais de 1800 escolas na proliferação dos conhecimentos da EA. A coordenadora ressaltou a importância do Pura nas escolas estaduais que repercutiu na economia da água. Para finalizar Marlene Gardel conta que é preciso integrar a EA a formação curricular do ensino para que o exercício da cidadania esteja num processo de construção da sociedade.

A outra coordenadora estadual convidada foi Maria de Lourdes Rocha Freire, da Secretaria de Estado do Meio Ambiente. A palestra que conduziu foi sobre a educação ambiental não formal. Ela diz que atualmente os trabalhos desenvolvidos por uma gestão de meio ambiente não são mais considerados algo a parte, como era antes. A coordenadora enfatiza que os outros órgãos, empresas e entidades devem agregar em sua gestão a EA. “Eles devem fazer como a Sabesp, que conseguiu educar ambientalmente seus dirigentes”, conta.

Depois da educação formal e não formal foi a vez da informal ser exposta pelo coordenador do Projeto Planeta Sustentável da Editora Abril, Matthew Shirts.

Ele é editor da revista Nathional Geographic no Brasil, e quando surgiu a oportunidade de criar um projeto na Abril para tratar da sustentabilidade, Shirts foi o primeiro nome a ser lembrado já que era engajado em assuntos ambientais. “Este já é o terceiro ano que o Planeta Sustentável existe e 32 revistas divulgam o projeto e se interessam por assuntos de sustentabilidade”, conta.

Terminada a palestra, mais uma vez os presentes seguiram par um rápido intervalo.

No auditório, novamente, o professor e doutor Genebaldo Freire Dias da Universidade Católica de Brasília propôs uma reflexão sobre os fenômenos ambientais que acontecem no mundo. Ele dirigiu a platéia para pensar nas consequencias das ações da humanidade no planeta. Abordando assuntos como a matança desenfreada de animais, o rápido desenvolvimento econômico da China que resultou em sérios problemas ambientais e de saúde da população. Assim como Genebaldo apresentou os aspectos negativos, genebado também mostrou os resultados positivos que uma sociedade se submeteu para atingir uma mudança cultural. O exemplo foi a capital da Coréia do Sul, Seul, que possuía um rio poluído que passava pelo meio da cidade. “A população tinha vergonha do rio e como a capital ia sediar um grande evento esportivo, ela se mobilizou para despoluir as águas e hoje, esse rio é muito limpo e as pessoas tem orgulho dele”.

Logo que Genebaldo terminou sua apresentação, John Emílio Garcia Tatton, coordenador de Educação e Desenvolvimento Ambiental da TA explicou sobre o PEA. Tatton esclareceu que para o desenvolvimento e adoção do PEA, foram cumpridas seis etapas: diagnóstico situacional das atividades de educação ambiental na empresa; treinamento e capacitação de 900 empregados em educação ambiental; critérios de identificação dos públicos de interesse; desenvolvimento do programa estruturado de educação ambiental; monitoramento das atividades de EA com indicadores; e alinhamento dos projetos de educação ambiental. John também falou que o PEA será fundamental para alinhar as atividades de EA entre os programas estruturantes.

Terminando sua apresentação, Wanderley Paganini chamou para encerrar junto com ele o evento, John Tatton e Darcy Brega Filho, gerente do Departamento Técnico e Desenvolvimento Ambiental. “Gostaria de encerrar chamando esses dois que trabalharam muito para a realização do projeto.”

Depois do encerramento houve a exposição Educação Ambiental Sabesp mostrando todos os projetos ambientais que a empresa possui.



Fonte> Portal Sabesp


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