O enorme potencial para a energia eólica na China

Data: 18/09/2009

O enorme potencial para a energia eólica na China


Uma equipe de cientistas da Universidade de Harvard e da Universidade de Tsinghua, demonstrou o enorme potencial para a energia eólica na China. Usando extensos dados metrológicos e incorporando informações das políticas do governo chinês para energia e as restrições financeiras na implantação da energia eólica, os pesquisadores estimam que o vento sozinho tem o potencial para atender a demanda de eletricidade do país projetada para 2030.

O artigo é de Henrique Cortez e publicado por EcoDebate, 17-09-2009.

A substituição do carvão e outros combustíveis fósseis para um modelo ‘verde’, baseado na energia eólica, poderia, também, reduzir as emissões de CO2, reduzindo a poluição resultante da queima do carvão. A pesquisa [Potential for Wind-Generated Electricity in China"> foi publicada na edição de 11 de setembro da revista Science.

A China é o segundo país, atrás apenas dos EUA, em capacidade nacional de geração de energia (792,5 gigawatts por ano), com um aumento da demanda estimado em 10% ao ano e, atualmente, é o maior emissor do mundo de CO2.

A China é o mercado de energia eólica que mais cresce no mundo, mais ainda está em 0,4% da oferta total de eletricidade, ficando atrás somente dos EUA., Alemanha e Espanha em termos de capacidade instalada dos parques eólicos existentes.

A análise indicou que uma rede de turbinas eólicas, operando em 20% de sua capacidade nominal, poderia fornecer, potencialmente, um total estimado em 24,7 petawatts/hora de eletricidade por ano, ou mais de sete vezes do consumo atual da China atual.

Os pesquisadores também determinaram que a energia eólica só, ao custo de US$ 0,076 (7,6 centavos de dólar) por kilowatt-hora, podia tender toda a demanda por energia elétrica do país projetada para 2030.

A área destinada para instalação das centrais eólicas com capacidade de atender esta demanda foram estimadas 500 mil quilômetros quadrados, sem impedir, entretanto, o que as áreas de permanecessem agrícolas.

Em contrapartida, para atender à crescente demanda de eletricidade, durante os próximos 20 anos, usando os combustíveis fósseis como fontes de energia, a China teria que construir usinas a carvão que poderiam produzir o equivalente a 800 gigawatts de eletricidade, resultando em um aumento potencial do 3,5 bilhões de toneladas de CO2 por ano.

(IHU On-line)




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