BRASIL ESTUDA FUTURA EXPLORAÇÃO DE LÍTIO NA MAIOR RESERVA MUNDIAL

Data: 24/08/2009

BRASIL ESTUDA FUTURA EXPLORAÇÃO DE LÍTIO NA MAIOR RESERVA MUNDIAL


Brasil e Bolívia assinaram no sábado um entendimento que permite aos brasileiros se unirem a um comitê boliviano para a futura exploração de lítio. As reservas do produto ficam em Uyuni, onde estão as maiores reservas de lítio do mundo.

O lítio é o mais leve de todos os metais e é usado atualmente em baterias de celulares, iPod, computadores portáteis e, no futuro, em milhares de automóveis elétricos e híbridos, que vão utilizar energia mais limpa que a dos combustíveis fósseis. O Brasil tem interesse em explorar esses recursos.

O acordo entre os dois países foi assinado durante a visita que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez no sábado a seu colega boliviano Evo Morales.

Depois do encontro, Lula anunciou que seu governo aprovou um decreto que permitirá à Bolívia exportar até US$ 21 milhões em tecidos livre do imposto de importação ao mercado brasileiro.

Trata-se do mesmo montante das preferências tarifárias que os Estados Unidos tiraram da Bolívia em dezembro, por causa da falta de colaboração na luta contra as drogas e depois de Morales ter expulsado o embaixador norte-americano alegando suspeita de conspiração.

Lula fez o anúncio durante uma breve visita a Morales na região cocalera de El Chapare, no lado oriental da Bolívia. "São as preferências perdidas com os EUA", disse Lula, durante um discurso feito no estádio da pequena Villa Tunari para ao redor de 30 mil camponeses.

"Saúdo os que nos concedem mercados para nossos têxteis sem nenhuma condição. Os Estados Unidos sempre condicionaram sua ajuda [à luta contra as drogas">. Isso acabou", respondeu Morales.

O governo do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, também cedeu preferências tarifárias a Bolívia em têxteis. Morales encerrou seu discurso com a frase em quechua: "Kausachun coca, wainuchun yanquis" (viva a coca, morram os ianques).

Lula foi à Bolívia também para formalizar um empréstimo de US$ 323 milhões (equivalente a R$ 650 milhões) para a construção de uma estrada que fará parte de um corredor que vai ligar os oceanos Atlântico ao Pacífico.

Fonte: DCI


< voltar