Sanepar vai transformar gás metano em energia elétrica em Londrina

Data: 17/09/2008

Sanepar vai transformar gás metano em energia elétrica em Londrina


As Estações de Tratamento de Esgoto (ETE) da Sanepar de Londrina e de Cambé vão contar com um sistema de produção de energia elétrica a partir do gás metano gerado no processo de tratamento. Isso faz parte da política de energias renováveis da Sanepar. Para implantar o projeto, a Sanepar fará um estudo de viabilidade que levará em conta o consumo de energia elétrica e o potencial gerador de gás metano nas ETEs Caçadores em Cambé, e Norte e Sul, em Londrina.

O sistema, já em operação como projeto piloto na ETE Ouro Verde em Foz do Iguaçu, diminui os custos de energia elétrica, reduz o lançamento de gás metano no meio ambiente e possibilita a participação da Sanepar no mercado de créditos de carbono. A diretora de Meio Ambiente e Ação Social da Sanepar, Maria Arlete Rosa, informou que o estudo irá verificar também a possibilidade de geração de energia elétrica a partir de micro-turbinas em quedas de lançamento de efluentes nos pontos de grandes desníveis nas ETEs.

"São formas de gerar energia no próprio sistema. No setor de saneamento, a Sanepar é pioneira no País ao implantar a plataforma de energias renováveis", ressalta Maria Arlete. A Sanepar opera atualmente 199 Estações de Tratamento de Esgoto com processo anaeróbio, cujo subproduto é o metano. O gás metano é 21 vezes mais danoso ao meio ambiente do que o gás carbônico, com relação ao efeito estufa. Hoje, boa parte desse gás é queimado nas estações.

Maria Arlete destaca que a produção de energia em pequenos sistemas só está sendo possível com a construção de um novo paradigma na política nacional de produção de energia elétrica. "Isso foi um grande avanço, graças à iniciativa da Itaipu que, com Copel e Sanepar, teve forte atuação junto à Aneel – agência reguladora de energia elétrica", afirmou. Nesses pequenos sistemas, produtores de suinocultura do Paraná já utilizam biogás obtido a partir de dejetos animais para gerar energia elétrica. Com a Resolução da Aneel nº 1.482, de 29 de julho de 2008, a Copel está autorizada a comprar o excedente da energia gerada nessas propriedades.




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